BUENOS AIRES, 23 JUL (ANSA) – O Grupo de Lima reafirmou nesta terça-feira (23) seu apoio ao autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, e pediu investigações sobre a suposta participação de membros do governo Nicolás Maduro em “atividades ilícitas de corrupção, narcotráfico e crime organizado transnacional”.   

O grupo se reuniu em Buenos Aires, Argentina, e a declaração final também conta com as assinaturas de Brasil – representado pelo chanceler Ernesto Araújo -, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Paraguai e Peru.   

No documento, os países signatários também pedem investigações sobre o “amparo” dado por Maduro à “presença de organizações terroristas e grupos armados ilegais em território venezuelano, como o Exército de Libertação Nacional [maior guerrilha ativa na Colômbia]”.   

Além disso, destacam a “necessidade de promover uma ampla investigação sobre o apoio dado ao regime de Nicolás Maduro, ao longo dos anos, por governos e grupos políticos da região por meio de esquemas transnacionais de corrupção, narcotráfico e terrorismo”.   

“Participei hoje da reunião do Grupo de Lima em Buenos Aires.   

Declaração condena o Foro de SP e propõe investigação sobre apoio de governos e partidos à ditadura venezuelana através da corrupção transnacional, narcotráfico e terrorismo.   

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Descosturando a rede que ainda sustenta Maduro!”, escreveu Araújo no Twitter.   

Já o chanceler da Argentina, Jorge Faurié, disse que é preciso fazer um “grande esforço” para “garantir que a retomada da ordem democrática na Venezuela seja obtida por meio da convocação de eleições”.   

Rússia – A reunião do Grupo de Lima aconteceu às vésperas da chegada do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, ao Brasil, onde ele participará de uma cúpula de chanceleres do Brics, que também engloba África do Sul, China e Índia.   

Moscou é a principal aliada de Maduro no cenário internacional, e o próprio presidente Jair Bolsonaro confessou que evitou questionar Vladimir Putin sobre a Venezuela durante a última cúpula do G20, no Japão.   

A reunião dos chanceleres dos Brics será entre os dias 25 e 26 de julho. (ANSA)


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