ROMA, 3 MAI (ANSA) – O grupo de extrema-direita Proud Boys, classificado pelo governo canadense como organização terrorista, informou nesta segunda-feira (3) que está “oficialmente dissolvido” no Canadá.   

O anúncio foi feito pela organização em um comunicado publicado no canal do Telegram do Proud Boys dos Estados Unidos, após quase três meses depois de o governo do premiê Justin Trudeau incluir a “organização neofascista” na lista de terroristas.   

Membros do Proud Boys, grupo fundado nos EUA por um canadense, são considerados um dos principais protagonistas da invasão ao Capitólio no dia 6 de janeiro, quando o ataque deixou cinco mortes e foi a causa do suicídio de dois agentes e de um acusado.   

Na ocasião, os apoiadores do então presidente Donald Trump entraram no prédio federal para impedir que o Congresso promulgasse os resultados das eleições, que viram como vitorioso o democrata Joe Biden. Em fevereiro passado, o ministro canadense de Segurança Pública, Bill Blair, disse que a organização representava uma “ameaça ativa à segurança pública e desempenhou um papel vital no ataque” ao Capitólio.   

Em comunicado nas redes sociais, o grupo disse que “oficialmente não há mais Proud Boys no Canadá” e citou as dificuldades financeiras de montar um desafio legal para derrubar a designação de entidade terrorista do governo.   

A designação não tornou ilegal pertencer ao grupo, mas trouxe consequências financeiras e jurídicas, principalmente porque os bancos podem congelar os ativos e a polícia pode confiscar as propriedades.   

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“A verdade é que nunca fomos terroristas ou um grupo de supremacistas brancos”, escreveram no Telegram. “Somos eletricistas, carpinteiros, consultores financeiros, mecânicos, etc. Além disso, somos pais, irmãos, tios e filhos”.   

Proud Boys foi criado em 2016 por Gavin McInnes, canadense radicado nos EUA, e chama a atenção ao confrontar, com uso da violência, manifestantes antirracismo durante protestos. O nome do grupo vem da música “Proud of your Boys” (“Orgulho dos seus garotos”), da trilha do filme da Disney “Alladin”. (ANSA)


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