10/11/2023 - 7:30
O grupo de brasileiros autorizado a deixar a Faixa de Gaza nesta sexta-feira, 10, já se encontra na fronteira com o Egito, em Rafah. Segundo o Itamaraty, eles estão “à espera de chamada para os trâmites necessários para a entrada no Egito, e posterior repatriação para o Brasil”.
O Ministério de Relações Exteriores brasileiro reforçou que a inclusão dos 34 brasileiros (sendo 24 brasileiros e dez palestinos que são membros de suas famílias) na lista desta sexta-feira de Rafah foi informada ao ministro Mauro Vieira pelo chanceler de Israel, Eli Cohen, na tarde de quinta-feira. “Foi o quarto telefonema entre os Ministros desde os atentados de 7/10”, ressalta o comunicado divulgado nas redes sociais.
Inclusão dos brasileiros na lista de hoje de Rafah foi informada ao Ministro Mauro Vieira pelo chanceler de Israel, Eli Cohen, na tarde de ontem. Foi o quarto telefonema entre os Ministros desde os atentados de 7/10.
— Itamaraty Brasil 🇧🇷 (@ItamaratyGovBr) November 10, 2023
A lista com estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza é elaborada por autoridades egípcias e israelenses. Até o final da tarde de quinta-feira, mais de 3.400 estrangeiros foram autorizados a deixar Gaza, sendo 36% com passaporte dos Estados Unidos.
Os 34 brasileiros estavam abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. A fronteira de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, é o único local para entrada e saída de pessoas ou mercadorias no enclave palestino.
Conflito entre Israel e Hamas
No dia 7 de outubro deste ano, o grupo palestino Hamas realizou uma serie de ataques contra Israel, que deixaram em torno de 1.400 mil no país judeu.
Israel reagiu aos ataques com intensos bombardeios a alvos em Gaza e, mais tarde, com o envio de tropas por terra, como parte de sua campanha militar que visa derrotar o grupo terrorista palestino. Os ataques israelenses já teriam deixado mais de 10 mil mortos, segundo Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. Mais de 200 pessoas são mantidas como reféns pelos terroristas.
A guerra entre Israel e o Hamas deixou centenas de estrangeiros presos no enclave, muitos dos quais ainda aguardam permissão para deixar a região.
Agências de ajuda humanitária em Gaza relatam falta de água potável, eletricidade, alimentos e remédios devido ao cerco imposto por Israel ao enclave. Segundo a ONU, a ajuda humanitária autorizada a entrar é insuficiente para cobrir as necessidades de cerca de 2,2 milhões de habitantes do território palestino.
* Com informações da Agência Brasil e Deutsche Welle