O grupo de brasileiros autorizado a deixar a Faixa de Gaza nesta sexta-feira, 10, já se encontra na fronteira com o Egito, em Rafah. Segundo o Itamaraty, eles estão “à espera de chamada para os trâmites necessários para a entrada no Egito, e posterior repatriação para o Brasil”.

O Ministério de Relações Exteriores brasileiro reforçou que a inclusão dos 34 brasileiros (sendo 24 brasileiros e dez palestinos que são membros de suas famílias) na lista desta sexta-feira de Rafah foi informada ao ministro Mauro Vieira pelo chanceler de Israel, Eli Cohen, na tarde de quinta-feira. “Foi o quarto telefonema entre os Ministros desde os atentados de 7/10”, ressalta o comunicado divulgado nas redes sociais.

A lista com estrangeiros autorizados a deixar a Faixa de Gaza é elaborada por autoridades egípcias e israelenses. Até o final da tarde de quinta-feira, mais de 3.400 estrangeiros foram autorizados a deixar Gaza, sendo 36% com passaporte dos Estados Unidos.

Os 34 brasileiros estavam abrigados nas cidades de Khan Younes e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. A fronteira de Rafah, que liga o Egito à Faixa de Gaza, é o único local para entrada e saída de pessoas ou mercadorias no enclave palestino.

Conflito entre Israel e Hamas

No dia 7 de outubro deste ano, o grupo palestino Hamas realizou uma serie de ataques contra Israel, que deixaram em torno de 1.400 mil no país judeu.

Israel reagiu aos ataques com intensos bombardeios a alvos em Gaza e, mais tarde, com o envio de tropas por terra, como parte de sua campanha militar que visa derrotar o grupo terrorista palestino. Os ataques israelenses já teriam deixado mais de 10 mil mortos, segundo Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas. Mais de 200 pessoas são mantidas como reféns pelos terroristas.

A guerra entre Israel e o Hamas deixou centenas de estrangeiros presos no enclave, muitos dos quais ainda aguardam permissão para deixar a região.

Agências de ajuda humanitária em Gaza relatam falta de água potável, eletricidade, alimentos e remédios devido ao cerco imposto por Israel ao enclave. Segundo a ONU, a ajuda humanitária autorizada a entrar é insuficiente para cobrir as necessidades de cerca de 2,2 milhões de habitantes do território palestino.

* Com informações da Agência Brasil e Deutsche Welle