 "Divulgação / Reprodução/Instagram.")
O Grupo Clareou voltou a falar sobre a polêmica envolvendo a turnê de Ivete Sangalo e o uso da palavra “Clareou”, que dá nome ao título da série de shows da cantora. O conflito começou em julho último, quando a equipe dos pagodeiros anunciou que estava avaliando processar a baiana.
Para os integrantes do grupo, Sangalo estaria fazendo “uso indevido da marca” ao nomear a turnê como “Ivete Clareou”, que seria uma homenagem à cantora Clara Nunes, falecida em abril de 1983.
O grupo tem o registro da marca no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) desde 2010. Os integrantes negam que querem se aproveitar da situação.
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“Muita gente que não conhece o processo de registro de marcas achou que a gente queria arrumar briga com Ivete ou proibi-la (de cantar). Não é nada disso. Não houve briga. É só sobre o uso do nome mesmo”, disse Branco, vocalista da Clareou, em entrevista ao jornal carioca Extra, publicada nesta quarta-feira, 10.
Os músicos disseram que chegaram a ser hostilizados por fãs da cantora após a polêmica ganhar a web, e que eles chegaram a ser acusados de estar se aproveitando da situação.
“Mandaram um montão de mensagens (negativas). Mas também somos loucos pela Ivete. Tem gente pensando que vamos fazer turnê com ela”, afirmaram eles., acrescentando que os advogados de ambas as partes ainda não chegaram a um acordo.
Em nota divulgada à imprensa em julho, quando a discussão teve início, o Grupo Clareou declarou que “está adotando todas as medidas cabíveis, tanto administrativas quanto judiciais, nas esferas cível e criminal” a fim de defender seus direitos legais.
Em resposta, a Super Sounds, empresa responsável pela turnê “Ivete Clareou”, se pronunciou sobre as acusações feitas pelo Grupo Clareou, negando ter violado os direitos do grupo de samba e pagode, e reforçando ter tentado resolver a questão de forma amigável, porém sem sucesso.
“O uso da marca ‘Ivete Clareou’ é absolutamente legítimo e não configura qualquer violação a direitos de terceiros. Esclarecemos que a marca registrada junto ao INPI, pelo grupo que emitiu a nota, é, na verdade, ‘Grupo Clareou’ (e não ‘Clareou’, como afirmou na nota), o que não lhe confere direito de exclusividade quanto ao uso da palavra ‘Clareou’, isoladamente ou em conjunto com outras”, afirmou a Super Sounds.
Ainda segundo a equipe da turnês de Ivete Sangalo, houve uma tentativa de diálogo com a banda de pagode, mas “os representantes do Grupo Clareou afirmaram que o único interesse dos seus representados seria o recebimento de compensação financeira e apresentaram proposta de valores astronômicos, o que nos levou ao encerramento imediato das tratativas, especialmente diante da evidente inexistência de qualquer violação de direito de marca”, diz outro trecho do comunicado enviado à imprensa na ocasião.