Em seu retorno à Copa do Mundo após 36 anos de ausência, a seleção do Peru encara Dinamarca, Austrália e a grande favorita França pelo grupo C.

O sorteio colocou a Dinamarca como primeiro adversário do time comandado por Ricardo Gareca, no sábado. Os nórdicos contam com o meia Christian Eriksen para avançar na competição, mas querem mostrar que não dependem apenas do craque do Tottenham.

“Quem precisar jogar vai deixar vida pela seleção e para representar seu país. Se marcar, vou gritar ate que o povo do Peru me escute”, indicou Edison ‘Orejas’ Flores, representando o sentimento de um grupo que chega eufórico para a disputa da competição.

Um resultado ruim diante dos dinamarqueses pode complicar as chances do Peru, que quer fazer história apos três décadas de ausência.

– Sequência triunfal –

Para o duelo, os peruanos poderão contar com seu principal jogador e capitão, Paolo Guerrero, que poderá participar da Copa do Mundo apesar da suspensão por doping.

Com a sequência de 15 jogos sem perder, a melhor da história do país, o Peru é candidato à surpresa da competição. Aproximadamente 40.000 torcedores acompanharão a seleção, uma das maiores delegações de torcedores no torneio.

A seleção peruana não parte como favorita no grupo, protagonismo que cabe à França, atual vice-campeã europeia e uma das principais candidatas ao título da competição ao lado de Alemanha, Espanha, Brasil e Argentina.

As expectativas são altas para os campeões mundiais de 1998, que contam com um elenco jovem e recheado de grandes jogadores. A França se deu ao luxo de prescindir de jogadores como Dimitri Payet, Kingsley Coman, Karim Benzema e Anthony Martial.

– ‘Bleus’ pressionados –

Com Antoine Griezmann, Paul Pogba e Kylian Mbappé como líderes técnicos da equipe, os “Bleus” contam com a munição necessária para furar bloqueios rivais.

“São jovens, mas estão acostumados a grandes clubes e grandes competições. Jovens ou não, isso é o de menos. Eu me interesso pelo grupo, não pela sua idade, e estão habituados a render no mais alto nível”, afirmou nesta sexta-feira o técnico Didier Deschamps

O sorteio favorável aumentou a pressão sobre o grupo dirigido por Didier Deschamps, que estreia no sábado contra a Austrália, antes de enfrentar Peru (21 de junho) e Dinamarca (26 de junho).

“São necessárias muitas coisas para ganhar uma Copa do Mundo, mas existem etapas antes de pensar nisso. A primeira, muito importante, é ganhar o jogo contra a Austrália”, acrescentou Deschamps.

A Austrália arruinou prognósticos em outras edições da Copa do Mundo, mas o envelhecido grupo de jogadores se classificou para a competição na Rússia arrastado pelo veterano meia Tim Cahill em repescagem contra a Síria.

Enquanto os fantasmas do passado não mostram as caras, a França pretende deixar os adversários do grupo C no segundo escalão. Se tropeçarem, os franceses podem enfrentar nas oitavas de final a Argentina de Lionel Messi, favorita à primeira colocação do grupo D.

“A França se classificou só duas vezes às oitavas de final nas últimas quatro Copas, o que mostra a dificuldade da competição. É de nível muio alto”, lembrou o treinador francês.

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