SÃO PAULO, 05 JUN (ANSA) – por Renan Tanandone – Tendo como rivais Portugal e Espanha, as seleções de Irã e Marrocos precisarão fazer uma grande façanha para quebrar o favoritismo dos dois países ibéricos no grupo B da Copa do Mundo de 2018.   

A seleção marroquina retorna ao torneio depois de 20 anos, enquanto o Irã tentará conseguir pela primeira vez avançar para as oitavas de final. Portugal, atual campeão da Eurocopa e equipe do craque Cristiano Ronaldo, visa seu primeiro título mundial e apagar os fracassos das duas últimas Copas.   

A Espanha, por sua vez, tentará se redimir da eliminação precoce em 2014 e vem como uma das favoritas para conquistar o bicampeonato mundial, apesar da crise que culminou na demissão de Julen Lopetegui.   

Azarão – Comandada pelo português Carlos Queiroz, o Irã tentará provocar uma grande surpresa, visto que terá pela frente duas grandes pedreiras. A seleção apostará na boa fase e no faro de gols do atacante Alireza Jahanbakhsh, do Az Alkmaar, da Holanda.   

O jogador de 24 anos anotou 21 gols em 33 partidas no Campeonato Holandês.   

Os experientes meio-campistas Masoud Shojaei, do AEK, e Ashkan Dejagah, do Nottingham Forest, darão mais confiança aos jovens atletas da seleção do Irã, que reeditará o confronto com Portugal na Copa de 2006, quando os europeus venceram por 2 a 0.   

Zebra – Assim como nas Eliminatórias, a seleção do Marrocos terá que se superar novamente caso queira seguir sonhando em ir longe na Copa. Marrocos precisou desbancar nas Eliminatórias africanas a Costa do Marfim e a seleção do Gabão, do atacante Pierre-Emerick Aubameyang. Agora, de volta ao Mundial depois de 20 anos, terá de mostrar sua força diante de Portugal e Espanha.   

Os comandados do técnico francês Hervé Renard terão como principal líder o zagueiro Mehdi Benatia, da Juventus. Além dele, outros destaques do Marrocos são o lateral-direito Achraf Hakimi, do Real Madrid, o meia Hakim Ziyech, do Ajax, e o defensor Nabil Dirar, do Fenerbahçe.   

A seleção marroquina quer repetir a histórica campanha da Copa de 1986, quando conseguiu chegar nas oitavas. Na ocasião, ainda na fase de grupos, Marrocos derrotou Portugal por 3 a 1 e se classificou em primeiro na chave. A equipe africana foi eliminada pela Alemanha.   

Favoritos – A seleção portuguesa chega na Copa como atual campeã da Eurocopa e com o objetivo de apagar o vexame de 2014, quando foi eliminada logo na primeira fase. Liderado por Cristiano Ronaldo, Portugal buscará sua primeira Copa, naquela que pode ser a última do craque, que já está com 33 anos.   

Para auxiliar CR7, o técnico Fernando Santos convocou jovens e promissores jogadores, como os atacantes André Silva, do Milan, e Bernardo Silva, do Manchester City. O elenco português também conta com a experiência do zagueiro Bruno Alves, do Rangers, e do meia João Moutinho, do Monaco.   

Já a Espanha, uma das grandes favoritas para o título, também tentará na Rússia apagar a precoce eliminação na primeira fase em 2014. O país se classificou ao Mundial sem perder nenhum jogo e, após golear a Costa Rica por 5 a 0 e a Argentina por 6 a 1, ganhou força para a disputa do Mundial.   

A seleção será liderada pelo meio-campista Andrés Iniesta e contará com a experiência de Sergio Ramos, Gerard Piqué e David Silva. Além deles, os espanhóis têm no elenco os jovens Saúl Ñíguez e Marco Asensio.   

Outro destaque da Espanha são os brasileiros, que são três no total: Thiago Alcântara, Diego Costa e Rodrigo. O país, no entanto, pode sofrer com a troca de técnico às vésperas da estreia. Lopetegui foi demitido por ter assinado com o Real Madrid e deu lugar ao ex-zagueiro Fernando Hierro.   

Fique de olho – Aos 33 anos e provavelmente no seu último Mundial, Cristiano Ronaldo novamente tentará conquistar uma Copa inédita para Portugal. O atual melhor jogador do mundo vem motivado pela conquista da Liga dos Campeões com o Real Madrid e pelo primeiro título europeu de seu país.   

Nas três Copas que já participou, CR7 não anotou mais que um gol, no entanto, desta vez, o craque português terá a oportunidade de se redimir com a torcida e realizar o melhor Mundial da carreira. (ANSA)