As famílias voltaram a gastar mais com alimentos no mês de abril. O grupo Alimentação e bebidas saiu de uma taxa de 1,13% em março para 1,79% em abril, maior impacto de grupo sobre a inflação oficial do último mês, uma contribuição de 0,35 ponto porcentual. Os dados são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE, os alimentos ficaram mais caros por uma pressão de aumento na procura, mas também por questões climáticas que prejudicaram algumas lavouras, o que reduziu a oferta de alguns itens in natura.

A alimentação no domicílio passou de uma alta de 1,40% em março para um avanço de 2,24% em abril. Houve alta de preços na cebola (34,83%), batata-inglesa (22,81%), feijão-carioca (17,29%) e leite longa vida (9,59%).

“Tem um lado de restrição de oferta, tem um lado de aumento da demanda, principalmente no caso dos alimentos que são alimentos menos perecíveis”, justificou Pedro Kislanov.

Por outro lado, as carnes ficaram 2,01% mais baratas, no quarto mês consecutivo de quedas.

A alimentação fora do domicílio acelerou de um aumento de 0,51% em março para 0,76% em abril, puxada pela alta do lanche (3,07%). Já a refeição fora de casa teve redução de 0,13%.