A normalização dos fretes e da oferta de alimentos nos supermercados pelo País contribuiu fortemente para a desaceleração do Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), aponta a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) perdeu força em julho, marcando 0,44%, bem abaixo da alta de 1,09% em junho, com a principal influência do grupo Alimentação (de 1,55% para -0,19%). O comportamento do item hortaliças e legumes foi destacado, com a taxa variando de 10,21% no período para -21,45%.

Os preços em transportes também contribuíram, passando de 1,43% para 0,28%, refletindo a normalização dos fretes de cargas. Também tiveram alívio nos preços os grupos Vestuário (de 0,81% para -0,84%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,52% para 0,27%), Habitação (de 1,45% para 1,37%) e Despesas Diversas (de 0,08% para 0,07%). As principais influências nestes segmentos foram os preços de gasolina (5,53% para -0,43%), roupas (0,84% para -1,15%), médico, dentista e outros (0,91% para 0,68%), material para limpeza (2,23% para 0,45%) e alimentos para animais domésticos (0,33% para 0,03%).

Por outro lado, dois grupos registraram aceleração nas taxas de variação. São eles: Educação, Leitura e Recreação (de -0,12% para 1,07%) e Comunicação (de 0,18% para 0,35%). Os itens de maior influência sobre o IPC-M no período foram passagem aérea (de -3,76% para 20,15%) e tarifa de telefone móvel (de 0,30% para 0,75%).

Os itens que mais influenciaram o IPC-M de julho em baixa, conforme a FGV, foram o tomate (de 7,85% para -31,80%), cebola (de 9,46% para -34,30%), batata-inglesa (de 40,86% para -26,71%), cenoura (de 1,91% para -23,09%) e laranja-pêra (de 2,37% para -10,69%).

Já entre as principais contribuições para alta, a FGV listou, além da passagem aérea, tarifa de eletricidade residencial (de 6,83% para 6,65%), leite tipo longa vida (de 7,85% para 15,34%), tarifa de ônibus urbano (de 0,44% para 2,08%) e condomínio residencial (de 2,20% para 1,50%).

Construção

Assine nossa newsletter:

Inscreva-se nas nossas newsletters e receba as principais notícias do dia em seu e-mail

O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) desacelerou a alta de 0,76% em junho para 0,72% em julho, conforme divulgado na última quinta-feira, 26. O movimento teve a influência tanto do índice Materiais, Equipamentos e Serviços, que subiu de 0,62% para 0,97%, quanto de mão de obra, que desacelerou de 0,88% para 0,51%. tadao.com)

Preços ao produtor

No Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) de julho, as principais influências positivas foram registradas em leite in natura, de 7,36% após 3,24% em junho; aves (de 8,12% ante 21,22%); óleos combustíveis (de 9,32% ante 14,10%); Querosene de aviação (de 12,66% ante 9,31%); e bovinos (de alta de 1,18% ante -0,64%), conforme a FGV). O dado integra a pesquisa do IGP-M em julho. O índice geral desacelerou a 0,51%, depois de 1,87% no sexto mês do ano. Já o IPA passou de 2,33% em junho para 0,50% em julho.

Em contrapartida, houve alívio nos preços do milho, cuja variação ficou negativa em 9,53% depois de aumento de 3,70% em junho. A batata-inglesa também ficou mais barata, ao ceder 30,98%, conforme a FGV. No sexto mês, a elevação fora de 43,77%. Ainda tiveram quedas em suas taxas de variação: óleo diesel (de -3,05% para -2,35), minério de ferro (de 0,06% para -1,50%) e soja em grão (de -0,64% para -1,03%) em julho.


Siga a IstoÉ no Google News e receba alertas sobre as principais notícias