O grupo alemão de farmácia e agroquímica Bayer rejeitou, nesta terça-feira (5), a opção de dividir o grupo por enquanto, apesar de uma forte perda anual em 2023 e do lançamento de um plano de economia.

A questão de uma separação das atividades farmacêuticas e agrícolas da Bayer, promovida pelos investidores, “não está sendo considerada agora”, afirmou o diretor executivo Bill Anderson.

Essa resposta não deve ser interpretada como um “nunca” e “é claro que temos que manter um olho aberto” sobre o assunto, acrescentou Anderson, que dirige o grupo alemão desde junho.

Após o anúncio, as ações da Bayer na bolsa caíram e fecharam a sessão com uma queda de 7,57%. Em um ano, o título perdeu mais de 50% de seu valor.

O grupo anunciou um plano de economia anual de 2 bilhões de euros (10,8 bilhões de reais) a partir de 2026, depois de registrar uma perda líquida de 2,9 bilhões de euros (15,6 bilhões de reais) no ano passado.

No início do ano, a Bayer já havia anunciado que provavelmente faria uma redução significativa em sua equipe na Alemanha.

Além disso, a empresa segue enfrentando processos nos Estados Unidos relacionados ao herbicida Roundup, que contém glifosato, acusado de causar câncer, após a aquisição da empresa americana Monsanto por 60 bilhões de dólares (226,3 bilhões de reais) em 2018.

Em 2023, as vendas globais ajustadas para os efeitos cambiais totalizaram 47,6 bilhões de euros (255,9 bilhões de reais), uma queda de 1% em relação ao ano anterior, em linha com suas previsões.

Para 2024, a Bayer prevê vendas “mais ou menos estáveis” e um lucro operacional “em baixa”.

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