COPENHAGUE, 23 DEZ (ANSA) – Após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltar a sugerir a anexação da Groenlândia, o primeiro-ministro da ilha, Jens-Frederik Nielsen, declarou que as decisões relativas ao território são tomadas apenas pela população local.
O líder americano nomeou o governador da Louisiana, Jeff Landry, como enviado especial para a Groenlândia e afirmou que Washington precisa do território por razões de segurança nacional.
“A Groenlândia é o nosso país, e as nossas decisões são tomadas aqui. Essas palavras reduzem o nosso país a uma questão de segurança e poder. Não é assim que o vemos, e não é assim que devemos ser descritos”, declarou Nielsen, que também agradeceu o apoio de outras nações.
O presidente da França, Emmanuel Macron, foi um dos líderes mundiais que saiu em defesa de Nuuk. O político afirmou que a Groenlândia “pertence ao seu povo” e que a Dinamarca “é a sua garantidora”.
“Uno-me à voz dos europeus para expressar a nossa total solidariedade”, declarou Macron.
Desde que retornou à Casa Branca, Trump mencionou diversas vezes o desejo de anexar a Groenlândia aos EUA, citando a importância geoestratégica do território e seus potenciais recursos minerais. Em resposta, a Groenlândia, que possui governo autônomo, mas integra o Reino da Dinamarca, tem afirmado repetidamente que “não está à venda”. (ANSA).