PARIS, 02 JAN (ANSA) – A greve de trabalhadores do setor ferroviário contra a reforma da previdência proposta pelo presidente Emmanuel Macron entrou nesta quinta-feira (2) em seu 29º dia e se tornou a paralisação mais longa do setor na história da França.

O recorde anterior na Sociedade Nacional das Ferrovias (SNCF), empresa responsável pelo transporte sobre trilhos no país, era da greve de 28 dias entre 1986 e 1987. Na ocasião, os ferroviários protestavam por melhores salários e condições de trabalho.

Atualmente, apenas metade dos trens de alta velocidade e regionais e 25% dos interurbanos estão em circulação na França.

A situação pode ficar mais tensa a partir da semana que vem, com a volta das manifestações de rua.

Em seu discurso de fim de ano, Macron confirmou a determinação de aprovar a reforma previdenciária, e uma nova negociação entre governo e sindicatos está marcada para 7 de janeiro.

Os grevistas exigem a retirada do projeto, que aumenta a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos e universaliza o sistema previdenciário, que hoje conta com 42 regimes diferentes. Alguns deles, especialmente de servidores públicos, permitem a aposentadoria antes dos 62 anos. (ANSA)