ROMA, 12 DEZ (ANSA) – A Itália é palco nesta sexta-feira (12) de uma greve geral convocada pelo principal sindicato do país para protestar contra o projeto de Lei Orçamentária do governo da premiê Giorgia Meloni para 2026.
O ato é organizado pela Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil) e causou paralisações por todo o país, sobretudo nos setores de educação e transportes.
Em Milão e Nápoles, segunda e terceira maiores cidades da Itália, as linhas de metrô foram fechadas. Diversas regiões também não tiveram aulas em escolas nesta sexta, sobretudo na Ligúria, noroeste da península.
“A maioria do país não apoia as políticas do governo”, disse o secretário da Cgil, Maurizio Landini, em uma manifestação em Florença, na Toscana. Segundo o sindicato, o projeto orçamentário da gestão Meloni prioriza gastos militares e medidas para as faixas mais ricas da população, em detrimento de investimentos em saúde, educação, previdência e moradia.
“Não estamos convencidos por um projeto que pode ser resumido em dois pilares: austeridade, com novos cortes na saúde, educação, segurança social e salários; e a corrida armamentista”, afirmou Christian Ferrari, dirigente da Cgil, em um protesto em Bari, no sul da Itália.
Já o vice-premiê e ministro da Infraestrutura e dos Transportes, Matteo Salvini, declarou que o impacto nos serviços ferroviários foi limitado, após visitar o centro de operações da empresa ferroviária FS.
“Felizmente, os dados são encorajadores, e a perturbação é muito limitada”, acrescentou uma nota do Ministério dos Transportes. (ANSA).