ROMA, 6 MAI (ANSA) – Uma greve de trabalhadores ferroviários na Itália nesta terça-feira (6), que durou oito horas, gerou caos em diversas estações do país às vésperas do Conclave que escolherá o novo papa a partir de amanhã (7). Segundo os organizadores da paralisação, a adesão nacional dos trabalhadores foi cerca de 90%.
Convocada por entidades como a Confederação Geral Italiana do Trabalho (Cgil), a Federação Italiana dos Trabalhadores dos Transportes (Filt) e o Sindicato Italiano dos Trabalhadores dos Transportes (Uiltrasporti), a greve foi motivada pela “renovação do contrato coletivo nacional de trabalho, vencido em 31 de dezembro de 2023”.
“É necessário dar um impulso decisivo às negociações, reconhecendo aos mais de 90 mil ferroviários e contratados, hoje em greve, um aumento salarial adequado, capaz de aumentar o poder de compra corroído pela inflação e de obter, do ponto de vista regulatório, uma conciliação adequada entre os horários de vida e de trabalho”, diz nota da Cgil.
Muitas viagens de trens em estações de cidades como Roma, Milão, Nápoles, Turim, Bolonha e Veneza foram canceladas ou tiveram atrasos que superaram 90 minutos. Municípios de regiões menores, como Sardenha e Puglia, também aderiram à paralisação e tiveram o serviço ferroviário interrompido.
“Estamos disponíveis desde já para retomar as negociações para chegar a um acordo”, afirmaram os organizadores ao final da greve, encerrada às 17h do horário local (12h de Brasília).
(ANSA).