Após 23 meses sem pagamento regular do salário, policiais e bombeiros militares do Estado do Rio Grande do Norte declararam paralisação das atividades na terça-feira, 19. A operação Segurança com Segurança, anunciada no site oficial da corporação, defende melhores condições de trabalho. No entanto, a falta de policiamento provocou aumento de saques e roubos nos centros comerciais. A situação se assemelha à ocorrida no Estado do Espírito Santo, em fevereiro deste ano.

A Associação dos Cabos e Soldados da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (ACSPM/RN) informou em nota que os servidores só vão trabalhar se as condições estiverem de acordo com a lei. “Tudo será observado! Se a viatura está em acordo com o Código Brasileiro de Trânsito, se os coletes balísticos estão dentro da validade, se o motorista da viatura possui o Curso de Condutor de Veículos de Emergência, se o PM está com todos os instrumentos necessários ao trabalho como algema”, disse Roberto Campos, presidente da ACSPM/RN.

Neste cenário, criminosos têm aumentado a quantidade e a frequência de saques a lojas, roubos e assaltos. Entre terça-feira, 19, e quarta, 20, pelo menos 18 veículos foram roubados na Grande Natal. A média diária na região é de sete registros por madrugada. Também houve três tentativas de explosão a bancos para roubo – movimento considerado atípico.

O governo do Estado pediu ajuda à União, e na noite de quarta-feira, o governador Robison Faria participou de reunião com o ministro da Defesa Raul Jungman. Tropas militares federais foram solicitadas no Estado, e o pedido deve seguir para aprovação do presidene Michel Temer.

Em novembro deste ano, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou a abertura de investigação contra o governador do RN por peculato, usura, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Ele já era denunciado pelo crime de obstrução à Justiça durante investigação por desvio de recursos.

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