A greve de funcionários da Petrobras, iniciada na madrugada de sábado (1º), continua neste domingo (2), e cinco sindicalistas da Federação Única dos Petroleiros (FUP) ocupam desde as 15h de sexta-feira (31) uma sala do quarto andar do edifício sede da Petrobras, no centro do Rio. Eles afirmam que não deixarão o local enquanto a empresa não iniciar uma negociação.

Os petroleiros reivindicam a suspensão das demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), em Araucária (PR), prevista para começar no dia 14 e que deve afetar mais de mil famílias. Eles também querem o estabelecimento imediato de um processo de negociação com a empresa, acusada pelos trabalhadores de descumprir itens do Acordo Coletivo de Trabalho, com suspensão imediata das medidas unilaterais tomadas pela direção.

Em nota divulgada no sábado, a FUP afirmou que o primeiro dia da greve por tempo indeterminado da categoria parou 6.700 trabalhadores em dez Estados do País. Apesar da paralisação, a categoria garante que vai manter o abastecimento de combustíveis, para não prejudicar a população.

No sábado, o prédio sede da Petrobras ficou sem luz. Segundo os petroleiros, foi uma decisão da direção da empresa para tentar obrigar os sindicalistas a desocupar a sala. A FUP recorreu à Justiça e, segundo a entidade, obteve uma decisão judicial ordenando que a Petrobras restabeleça a eletricidade, o que foi feito.

Consultada pela reportagem, a empresa afirmou, por telefone, que o corte de luz ocorre todo final de semana, porque nesse período o prédio não é usado. A medida seria praxe, portanto. Mas, ainda segundo a Petrobras, a luz foi restabelecida por conta da presença dos sindicalistas.

Em nota, a empresa afirmou que “cinco dirigentes sindicais da FUP estão ocupando uma sala de reunião no 4° andar do edifício sede da Petrobrás”. “Esta ocupação contraria as normas da empresa”, mas “não há qualquer retaliação ao grupo”, diz a nota.

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“A Petrobrás reafirma que entende ser descabido o movimento grevista, pois as justificativas são infundadas e não preenchem os requisitos legais para o exercício do direito de greve. Os compromissos pactuados entre as partes vêm sendo integralmente cumpridos pela Petrobras em todos os temas destacados pelos sindicatos”, segue o texto.

“A companhia tomou as providências necessárias para garantir a continuidade da produção de petróleo e gás, o processamento em suas refinarias, bem como o abastecimento do mercado de derivados e as condições de segurança dos trabalhadores e das instalações”, conclui a Petrobras.


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