ROMA, 14 AGO (ANSA) – A jovem ativista sueca Greta Thunberg embarcou nesta quarta-feira (14) para sua viagem de duas semanas pelo Oceano Atlântico, rumo aos Estados Unidos, onde participará de eventos sobre o clima em setembro. A adolescente de 16 anos saiu de Londres em um veleiro de regata “carbono zero”, o “Malizia II”, construído em 2015, equipado com painéis solares e turbinas submarinas que permitem produzir eletricidade para o barco. A embarcação conta com uma vela com a frase “#FridayForFuture” e é comandada pelo alemão Boris Herrmann e pelo fundador da equipe Malizia, o monegasco Pierre Casiraghi.   

O pai de Greta e um cinegrafista também participam da viagem. A sueca tem como primeiro destino a cidade de Nova York, onde participará da Cúpula do Clima da ONU em 23 de setembro. A jornada da ativista continuará pelos Estados Unidos, Canadá e México e terminará na COP 25, marcada para entre os dias 2 e 13 de dezembro, em Santiago, no Chile.   

De acordo com relatórios do Business Insider, o cruzamento de 3 mil milhas durará cerca de 13 dias. O grupo passará pelo norte até a Groenlândia, depois ao longo da costa leste do Canadá e da Nova Inglaterra. O barco oferece apenas equipamentos essenciais. Não tem chuveiro, cozinha e banheiro. O grupo vai comer refeições liofilizadas e embaladas a vácuo.   

“Greta é educada, humilde, grata e muito instruída, ela fez muitas perguntas detalhadas sobre segurança”, explicou Herrmann.   

Greta se recusa a viajar de avião por causa da alta emissão de carbono do transporte. No início do ano, ela foi de trem de Estocolmo a Davos, na Suíça, onde participou do Fórum Econômico mundial. Emissão de gases – Um estudo revelado pela Sociedade Americana de Meteorologia em parceria com a Agência Climática do Governo Americano nesta terça-feira (13) concluiu que a emissão de gases causadores do efeito estufa na atmosfera bateu um recorde histórico em 2018. O relatório, feito a partir de estudos de 475 cientistas em 57 países, incluindo o Brasil, ainda explica que a capacidade desses gases piorarem o aquecimento global teve um aumento de 43% desde 1990.   

No ranking de países mais poluentes, os Estados Unidos lidera, seguido da China. Além disso, o documento revela que foi registrado um recorde no derretimento das geleiras mundiais.   

(ANSA)