A ativista climática Greta Thunberg foi presa duas vezes pela polícia neerlandesa neste sábado (6) durante um protesto em Haia contra os subsídios aos combustíveis fósseis.

Thunberg, de 21 anos, foi liberada após sua segunda prisão, informou Rozermarijn van’t Einde, porta-voz do grupo ecologista Extinction Rebellion (XR).

Um correspondente da AFP viu a ativista e outros manifestantes do XR sentados em um ônibus, enquanto a polícia realizava mais prisões.

Mais de 400 manifestantes foram presos, segundo a força de segurança.

Thunberg havia se unido a diversos manifestantes que caminharam do centro de Haia até um campo situado ao lado da autoestrada A12 que sai da cidade.

Dezenas de agentes da polícia, alguns deles a cavalo, impediram que o grupo invadisse a estrada.

Portando bandeiras XR e cartazes onde se lia “Parem agora com os subsídios aos combustíveis!” e “O planeta está morrendo!”, os manifestantes se envolveram em um tenso confronto com a polícia, que formou um muro humano.

Alguns manifestantes encontraram outra rota e bloquearam outra via próxima à autoestrada, que conecta a cidade costeira de Haia à cidade de Utrecht.

“É importante se manifestar hoje, porque vivemos em um estado de emergência planetária”, declarou Thunberg à AFP antes de sua primeira prisão.

“Devemos fazer todo o possível para evitar essa crise e salvar vidas”, acrescentou.

Contactada por telefone, ela disse à agência de notícias holandesa ANP que sua prisão ocorreu “com calma”.

Pouco depois, Thunberg e outros ativistas regressaram ao local da manifestação e foram novamente presos, desta vez por bloquearem o trânsito em um cruzamento.

Ainda não foram apresentadas acusações contra os manifestantes, disse Vincent Veenman, porta-voz do Ministério Público, à AFP.

Thunberg ganhou notoriedade mundial com suas “greves escolares pelo clima”, que começaram quando tinha 15 anos.

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