A ativista ambiental Greta Thunberg foi detida nesta terça-feira (17) em Londres, em uma manifestação durante o primeiro dia de um evento que reúne executivos da indústria do petróleo e gás.

Durante a manhã, centenas de manifestantes bloquearam todas as entradas do hotel onde acontece o ‘Energy Intelligence Forum’.

A ativista sueca foi detida no início da tarde por dois agentes e levada para uma viatura.

A polícia inglesa já havia anunciado na rede social X (ex-Twitter) a detenção de cinco manifestantes acusados de “obstrução” de via pública.

Greta afirmou em uma coletiva de imprensa durante a manhã que “por trás destas portas fechadas (…) políticos celebram acordos e compromissos com pessoas do lobby do destrutivo setor dos combustíveis fósseis”.

Os manifestantes que participaram dos atos carregavam faixas com frases como “os pesos pesados do petróleo devem pagar”, exibida por militantes do Greenpeace, que escalaram a fachada do hotel onde acontecia o encontro.

“Tenho seis netos. Tenho pesadelos pensando no futuro que terão”, afirmou Dora Marden, um londrina aposentada de 75 anos.

Para a ONG Fossil Free London, que organizou o protesto, “a grande maioria” dos lucros recorde registrados pelas empresas deste setor no ano passado “é diretamente reinvestida na expansão das energias fósseis, e não na energia verde que afirmam pretender apoiar”.

Neste âmbito, o presidente da empresa saudita Aramco, Amin Nasser, voltou a reforçar nesta terça-feira, no início da conferência, que são necessários “novos investimentos” em hidrocarbonetos para compensar o declínio dos campos petrolíferos envelhecidos.

Os ativistas também denunciaram a escolha de Sultan al-Jaber, CEO da empresa nacional de petróleo dos Emirados Árabes Unidos, como presidente da COP28, a conferência anual das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, que acontecerá em Dubai entre os dias 30 de novembro a 12 de dezembro.

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