As autoridades gregas resgataram, nesta quinta-feira (22), 145 migrantes presos em uma ilhota do rio Evros, que marca a fronteira com a Turquia, por onde costumam passar pessoas que fogem da guerra e da pobreza em direção à Europa.

Os resgatados, entre eles 45 mulheres e 30 crianças, “estão em boas condições”, informou uma unidade da Cruz Vermelha grega à agência de notícias grega Ana.

Estes migrantes, cuja origem não foi revelada até o momento, foram abandonados na pequena ilha por traficantes da Turquia, de acordo com um comunicado da polícia da Grécia.

“Não é a primeira vez que traficantes empurram os migrantes para o território grego”, disse à AFP Panayiotis Harelas, chefe da guarda de fronteira grega.

A Grécia frequentemente acusa a Turquia de permitir que os migrantes cruzem para seu território.

As autoridades gregas resgataram no início de junho na mesma região 91 pessoas, incluindo muitos yazidis, uma minoria de língua curda que vive sobretudo no Iraque.

Milhares de pessoas, em especial da Síria, Afeganistão e Paquistão, entraram na Grécia nos últimos anos através das fronteiras marítimas e terrestres com a Turquia.

Com uma rigorosa política migratória, Atenas aumentou as patrulhas no mar Egeu entre a Grécia e a Turquia com a ajuda da Agência Europeia de Fronteiras (Frontex).

Na fronteira terrestre de Evros, o governo conservador – em fim de mandato e favorito nas pesquisas para as eleições de 25 de junho na Grécia – prometeu ampliar uma cerca de metal de 5 metros de altura já construída ao longo de 38 quilômetros ao longo do rio.

Muitos dramas migratórios ocorrem nesta região do Mediterrâneo Oriental. Em 14 de junho, um barco naufragou em Pylos, no Peloponeso (sul), deixando 82 pessoas afogadas e centenas desaparecidas, segundo relatos de alguns dos 104 sobreviventes.

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