O governador da Tessália, no centro da Grécia, solicitou nesta quinta-feira (25), uma investigação sobre ovelhas que foram “enterradas vivas” após o aparecimento da peste ovina e caprina na região.

“Apresentei uma queixa ao Ministério Público depois de receber uma denúncia de que animais vivos foram enterrados, o que é um assunto muito sério e merece uma investigação aprofundada”, disse Dimitris Kuretas, governador da Tessália, à imprensa.

Ele também anunciou a substituição de um supervisor veterinário em sua região e solicitou uma investigação administrativa e disciplinar.

Há duas semanas as autoridades locais e o Ministério da Agricultura tentam conter um surto de peste ovina e caprina perto de Trikala e Kalabaka, cidades da Tessália.

Conhecida como peste dos pequenos ruminantes (PPR), esta doença é altamente contagiosa para ovinos e caprinos, mas não afeta humanos. A carne e o leite pasteurizados também podem ser consumidos com segurança, segundo as autoridades.

Mais de 2.400 ovelhas foram abatidas até agora e os matadouros locais foram temporariamente fechados, segundo o Ministério da Agricultura grego, que afirmou ser a primeira vez que a doença foi detectada no país.

A Tessália foi atingida no ano passado pela tempestade Daniel, que causou inundações catastróficas durante as quais morreram dezenas de milhares de animais, incluindo ovelhas.

Agricultores e autoridades afirmaram que a doença foi provavelmente introduzida no país por gado importado após a tempestade.

O ministro da Agricultura, Costa Tsiaras, destacou que os agricultores “aumentaram as importações de animais” de países da UE e de outros fora do clube dos 27, depois dos seus rebanhos terem sido dizimados.

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