Granuloma eosinófilo: entenda o que levou à internação do filho de Wesley Safadão

Filho de Wesley Safadão e Mileide Mihaile passa por cirurgia de granuloma eosinófilo; especialista afirma que lesão é benigna

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Yhudy Lima, filho de Mileide Mihaile e Wesley Safadão Foto: Reprodução/Redes Sociais

Yhudy, de 14 anos, filho do cantor Wesley Safadão e da influenciadora Mileide Mihaile, passou por uma cirurgia em São Paulo na última sexta-feira, 19, após ser diagnosticado com granuloma eosinófilo, também chamado de histiocitose de células de Langerhans. De acordo com a família, o adolescente já voltou para casa e segue em recuperação.

Safadão e Mileide se manifestaram nas redes sociais agradecendo as mensagens de apoio recebidas. “Yhudy está recebendo todos os cuidados necessários. Agradecemos a preocupação e o carinho neste momento delicado e reforçamos que ele está bem”, afirmaram.

O problema de saúde foi detectado depois que Yhudy começou a sentir fortes dores de cabeça. Exames apontaram a presença de um tumor ósseo no osso parietal, identificado como granuloma eosinófilo.

O jovem teve alta na segunda-feira, 22, e continua o processo de recuperação em casa. Embora os médicos ainda aguardem o resultado definitivo da biópsia, as primeiras análises indicam que o tumor é benigno e não exigirá tratamentos adicionais, como quimioterapia.

Veja o comunicado publicado pelos pais de Yhudy:

Granuloma eosinófilo: entenda o que levou à internação do filho de Wesley Safadão

Segundo Marcos Alexandre Carvalho Alves, coordenador da neurologia do Hospital Mater Dei Goiânia e especialista em doença de Parkinson, à reportagem de IstoÉ Gente, “o granuloma eosinófilo é a forma mais comum da histiocitose de células de Langerhans. Não é um tumor canceroso, mas sim uma lesão pseudotumoral, ou seja, uma formação anormal de células inflamatórias — eosinófilos e células de Langerhans — que se acumulam, geralmente nos ossos”.

No caso de Yhudy, a lesão foi encontrada no crânio. O médico explica que os sintomas variam de acordo com o local atingido. “Quando afeta os ossos, como no caso de Yhudy, pode causar dor localizada, inchaço, sensibilidade ao toque e até uma massa palpável. Se a lesão estiver no crânio, pode haver dores de cabeça persistentes ou sensibilidade no local”, detalha à reportagem.

O diagnóstico é feito por exames de imagem, como radiografia, tomografia e ressonância magnética, que ajudam a avaliar a extensão da lesão. “No crânio, pode aparecer como um ‘buraco dentro de outro buraco’”, explica Marcos Alexandre. A confirmação, no entanto, depende de biópsia.

O tratamento varia conforme a gravidade. “Em alguns casos, é possível apenas observar, já que a doença pode ter resolução espontânea, especialmente em crianças”, afirma o neurologista à reportagem. Quando necessário, a cirurgia é indicada para remover a lesão. Outras opções incluem injeção de corticosteroides, curetagem (raspagem) ou quimioterapia leve nos casos mais complexos.

O especialista destaca que o prognóstico costuma ser positivo. “A taxa de resolução é alta quando a lesão é isolada, como parece ser o caso de Yhudy”, completa.

Referências Bibliográficas

Dr. Marcos Alexandre Carvalho Alves é coordenador de Neurologia do Hospital Mater Dei Goiânia e especialista em doença de Parkinson.