Muitos atletas de elite já sofreram de depressão ou algum tipo de problema de saúde mental ao longo de suas carreiras. Nesta terça-feira (27), a ginasta americana Simone Biles se retirou da competição geral por equipes nos Jogos Olímpicos de Tóquio e alegou que precisava cuidar da própria saúde mental.

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Relembre atletas de alto nível que já sofreram com depressão.

Ian Thorpe (natação)

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O nadador australiano Ian Thorpe, pentacampeão olímpico, revelou em 2016 que vinha lutando contra a depressão desde a adolescência e até foi hospitalizado em 2014 depois de ser encontrado vagando desorientado em uma rua de Sydney.

“Sou uma pessoa que luta contra problemas mentais desde a adolescência”, escreveu em um blog voltado para o público jovem em 2016. “De fora, muitos não conseguiam enxergar meu sofrimento ou compreender a luta, às vezes diária, que tive de enfrentar”.

Em 2014, vários meses após receber tratamento, ele revelou ser homossexual e foi aplaudido pelo mundo dos esportes por ter ajudado na luta contra a homofobia.

Naomi Osaka (tênis)

Número dois no mundo, a japonesa surpreendeu em junho ao se recusar a falar com a mídia em uma coletiva de imprensa em Roland Garros para “preservar sua saúde mental”.

Osaka, que acendeu a chama olímpica nos Jogos de Tóquio, admitiu ter passado por “longos períodos de depressão” desde 2018. Ela foi eliminada na terceira rodada do torneio olímpico nesta terça-feira.

Michael Phelps (natação)

O americano Michael Phelps, maior nadador da história e atleta com mais medalhas olímpicas (28, das quais 23 de ouro), reconheceu ter sido vítima de depressão após cada uma das Olimpíadas de que participou (de 2000 a 2016).

Depois de Londres-2012, ele passou dias trancado em um quarto, sozinho, em seu episódio depressivo mais grave.

Robert Enke (futebol)

A Alemanha ficou chocada com o suicídio em 2009 do goleiro internacional Robert Enke, que se jogou nos trilhos de um trem. Em 2014, Andreas Biermann, ex-jogador da segunda divisão alemã do St. Pauli e diagnosticado com depressão crônica, também acabou com sua vida.


Andrés Iniesta (futebol)

O ex-internacional espanhol Andrés Iniesta passou por um período depressivo quando tinha 25 anos, logo depois de vencer sua segunda Liga dos Campeões com o Barcelona em 2009 e coincidindo com a morte por parada cardíaca de seu amigo do Espanyol Dani Jarque, a quem ele mais tarde dedicaria seu gol na final da Copa do Mundo de 2010.

“Quando ouvi a notícia parecia que tinha recebido um soco, um golpe muito forte que me nocauteou e me fez cair muito fundo. Não estava nada bem”, explicou o ex-capitão do Barça em um documentário sobre ele, intitulado “Andrés Iniesta, o herói inesperado”.

Iniesta se consultou com a psicóloga Inma Puig e com a ajuda do então técnico do Barcelona, Josep Guardiola, conseguiu superar a depressão.

Paul Gascoigne (futebol)

Outro caso emblemático é o do ex-jogador de futebol inglês Paul Gascoigne, que representou 57 vezes a Inglaterra, a qual levou à semifinal da Copa do Mundo de 1990, na Itália. Ele está atualmente com 54 anos e sofre de depressão há muitos anos, agravada por seu vício em álcool.

Tom Dumoulin (ciclismo)

Vencedor do Giro em 2017, o ciclista holandês subiu ao pódio de um ‘grand tour’ em duas outras ocasiões e foi proclamado campeão mundial de contra-relógio (2017), um ano depois de vencer a prata olímpica nessa modalidade no Rio-2016.

No início deste ano, Dumoulin anunciou seu desejo de “fazer uma pausa” em sua carreira para “refletir, passear com meu cachorro e buscar saber o que eu quero, tanto como pessoa e na bicicleta, e o que quero fazer com minha vida”. Depois voltou a competir.

 

Christophe Dominici (rúgbi)

 


A carreira do ex-internacional francês de rúgbi Christophe Dominici, que morreu em novembro de 2020 aos 48 anos, se confundiu com sua sinuosa trajetória de vida, de seu sublime ‘try’ contra os All Blacks no mundial de 1999 até sua decaída num poço de desesperança.

Em um livro publicado em 2007, Dominici falou sobre sua depressão, desencadeada por vários episódios pessoais.

 

 

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