O governo da Cidade do México e a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) chegaram a um acordo nesta quinta-feira para entender o contrato para realizar o Grande Prêmio de Fórmula 1 na capital mexicana entre 2020 e 2022, sem recursos públicos, após meses de incertezas sobre o futuro do evento.

“É um investimento com novas regras para benefício da cidade, buscamos uma nova fórmula para que a Fórmula 1 ficasse sem a necessidade de recursos públicos”, disse na coletiva de imprensa a prefeita da capital, Claudia Sheinbaum.

A permanência do México na F1 foi conseguida graças aos investimentos privados, “e a novos modelos de financiamento”, disse Alejandro Soberón, presidente da Corporação Interamericana de Entretenimento (CIE), a empresa que opera o evento no México.

Sheinbaum não especificou quais empresas participaram do consórcio, mas o jornal Milenio publicou que entre os investidores estariam o magnata mexicano Carlos Slim e multinacionais como Coca-Cola, Citibanamex e Heineken.

A partir de 2020, o evento vai mudar seu nome de “Grande Prêmio do México” para “Grande Prêmio da Cidade do México”.

A prefeita disse que na edição de 2019 do evento, que será realizada no dia 27 de outubro no Autódromo Hermanos Rodríguez, vão ser gerados cerca de 8.000 empregos temporários em termos locais, e vai receber cerca de 300.000 visitantes de todo o mundo.

“É um evento com uma transcendência e importância fundamental na atividade econômica da cidade e com um espaço para projetar nossa cidade e nosso país”, acrescentou Soberón.

Já Chase Carey, presidente executivo da Fórmula 1, disse que o Grande Prêmio foi “uma plataforma para projetar o México no mundo”, e destacou a honra que significa para a organização do evento esportivo “trabalhar com a Cidade do México”.

– Risco superado –

A continuidade do maior evento do automobilismo mundial na capital mexicana ficou ameaçada devido à recusa do governo local em desembolsar 800 milhões de pesos (cerca de 40 milhões de dólares) necessários para renovar o contrato.

Antes disso, a prefeitura havia tido acesso à possibilidade de investir 400 milhões de pesos.

As edições de 2015, 2016 e 2017 do Grande Prêmio do México geraram mais de 30.000 empregos e um aporte de 2,187 bilhões de dólares (em divisas geradas pelas atividades vinculadas à competição), de acordo com dados da empresa CIE.

A FIA considerou as quatro edições no México (2015, 2016, 2017 e 2018) como as melhores do ano.

O evento é transmitido para 185 nações, o que dá ao país uma grande exposição.

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