No primeiro GP do Brasil de Fórmula 1 sem um piloto da casa, o público não desanimou e compareceu em bom número no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, neste fim de semana. Nos três dias do evento, 150.307 torcedores estiveram no circuito para assistir à penúltima etapa do campeonato. Trata-se da maior presença de espectadores desde 2010.

Há oito anos, o GP contou com a presença de 155.203 fãs de automobilismo. Desde então, o público tem oscilado, com seu menor número em 2016, com 128.100 pessoas. No ano passado, na despedida de Felipe Massa, 141.128 torcedores foram registrados no autódromo.

O bom público deste ano surpreende por causa da ausência de brasileiros no grid e também porque o título do campeonato já fora definido no GP do México, na etapa passada. O inglês Lewis Hamilton garantiu o pentacampeonato com duas corridas de antecipação – a temporada será encerrada em Abu Dabi, no dia 25.

Boa parte do público foi atraída para o GP do Brasil deste ano pela presenças de pilotos de forte currículo, caso do próprio Hamilton e do alemão Sebastian Vettel, tetracampeão.

País com tradição no campeonato, com três campeões mundiais, o Brasil não ficava sem um representante na F-1 desde 1970. Numa corrida em solo nacional, foi a primeira vez sem um piloto da casa. O GP do Brasil começou a ser disputado de forma oficial em 1973. Mas, no ano anterior, teve uma prova que não contou para o campeonato.

O mesmo vai acontecer no próximo ano, quando novamente não haverá brasileiro na competição. Como consolo, os torcedores terão dois atletas nos bastidores atuando como pilotos de testes: Sérgio Sette Câmara, na McLaren, e Pietro Fittipaldi, neto de Emerson, na equipe Haas. Eles podem vir a ganhar chances como titulares na temporada 2020.