O Grande Prêmio da Austrália, primeira da temporada 2020 da Fórmula 1 e previsto para este domingo (15), também se vê ameaçado pelo Covid-19 e será disputado com portões fechados, após a decisão nesta quinta-feira (12) da McLaren de se retirar do evento após um membro da equipe britânica dar positivo em um teste para o coronavírus.

A McLaren, que terminou na quarta posição no último Mundial de construtores, afirmou ter tomado a decisão “pelo bem-estar não somente dos funcionários da Mclaren F1 e seus patrocinadores, mas também por seus adversários, os torcedores da Fórmula 1 e o conjunto dos participantes”.

De acordo com uma fonte consultada pela AFP, a maioria das partes envolvidas (organização da prova, promotores da F1, Federação Internacional do Automóvel e chefes das equipes) estava de acordo em cancelar a corrida australiana, após uma reunião realizada nesta quinta-feira.

Nesta quinta-feira à noite (sexta-feira de manhã no horário australiano), o primeiro-ministro do Estado de Victoria, Daniel Andrews, anunciou que a prova seria disputada sem a presença do público no circuito de Albert Park.

“Devido a imperativos de saúde pública, não haverá espectadores no GP deste fim de semana, tendo corrida ou não”, informou Andrews, que transferiu para a direção da F1 a responsabilidade do cancelamento da prova.

Anteriormente, a presença em Melbourne das dez equipes da F1, de seus 20 pilotos e de centenas de funcionários foi vista com maus olhos, inclusive pelo hexacampeão mundial e atual campeão Lewis Hamilton.

“Estou muito, muito surpreso de estarmos aqui”, declarou o piloto britânico durante uma coletiva de imprensa. “Para mim, é chocante estarmos todos aqui sentados nesta situação”, declarou o britânico em coletiva de imprensa.

“Vejo as pessoas levarem suas vidas como se tudo estivesse normal, mas não é o caso”, afirmou o piloto da Mercedes, que buscará nesta temporada conquistar um sétimo título mundial para igualar o recorde do lendário alemão Michael Schumacher.

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