Vários governos regionais e locais do Japão informaram nesta segunda-feira à organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2020, que não estão dispostos a assumir o custo da construção das instalações temporárias para o evento esportivo. Ao todo, seis prefeitos e quatro líderes de localidades próximas à capital expressaram essa postura em uma carta enviada ao presidente do Comitê Organizador, Yoshiro Mori, e à governadora de Tóquio, Yuriko Koike, com quem se reuniram.

Em particular, pedem que seja respeitado o plano inicial do Comitê Organizador, que havia se comprometido a assumir os custos da construção de todas as instalações. Entre os líderes que assinaram a carta estão os prefeitos de Saitama, Kanagawa e Chiba, cidades vizinhas da capital japonesa, assim como o de Sapporo, ao norte de Tóquio.

Em abril deste ano, o governo da Região Metropolitana de Tóquio e o Comitê Organizador decidiram modificar a estratégia e convocaram os líderes regionais de localidades que sediarão alguma disputa a bancar as instalações temporárias.

O Comitê Organizador afirmou na semana passada que o orçamento total para os Jogos Olímpicos chegará a ser de entre 1,6 trilhão e 1,8 trilhão de ienes (de R$ 40 bilhões a R$ 50 bilhões), maior que o que foi gasto no Rio-2016, que ficou perto de R$ 40 bilhões.

Deste montante, a organização se responsabilizaria por 500 bilhões de ienes (R$ 13,95 bilhões) e o restante seria coberto pelos governos de Tóquio, o Executivo central e outras administrações. A governadora da capital, que chegou ao cargo em julho, liderou várias iniciativas para revisar os planos de construção de novas instalações e seu financiamento.