O governo dos Estados Unidos, Donald Trump, estendeu até outubro uma licença para permitir que a Chevron continue a operar na Venezuela. Com isso, venceu o argumento de funcionários da administração segundo os quais a ausência da empresa em solo venezuelano deixaria empresas de energia dos EUA em desvantagem, sem significar um avanço significativo para a meta de Washington de derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

A licença segundo a qual a Chevron e várias companhias de serviços em campos de petróleo podem continuar a operar no país venceria no sábado. Isso gerou debate sobre se o governo dos EUA estenderia a permissão, segundo fontes ligadas ao assunto.

Após um debate interno, o governo dos EUA por fim decidiu permitir que a Chevron siga na Venezuela, onde opera há quase um século, até 25 de outubro. A licença poderia ainda ser estendida por outras vezes, mais adiante. A Chevron vinha pedindo para continuar no país, dizendo que tem lá “uma presença construtiva”, nas palavras de um porta-voz. Nesta sexta-feira, a companhia disse que suas operações na Venezuela “continuam a cumprir todas as leis e regulações aplicáveis”.

Os EUA têm punido com sanções o setor de petróleo da Venezuela, com a produção do país em queda de quase 50% desde janeiro, para um patamar estimado de 690 mil barris por dia, segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês). O governo do presidente Donald Trump pressiona pela queda de Maduro, em meio à grave crise humanitária e econômica da nação latino-americana. Fonte: Dow Jones Newswires.