Governo trinitino evita perguntas do Parlamento sobre presença militar dos EUA

O ministro da Defesa de Trinidade e Tobago se negou a responder, nesta sexta-feira (21), perguntas no Parlamento sobre a presença de um navio de guerra americano em águas territoriais do país.

Esta semana, os Estados Unidos realizaram exercícios militares em Trinidade, um aliado próximo, localizado a apenas 10 km da Venezuela.

As atividades fazem parte da mobilização ordenada por Washington no Caribe, para onde enviou o maior porta-aviões do mundo, navios de guerra, caças e milhares de tropas para operações contra o narcotráfico.

A Venezuela, no entanto, assegura que o objetivo é derrubar o presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

Desde a terça-feira, habitantes da ilha principal de Trinidade reportaram ter visto helicópteros Osprey e Blackhawk, enquanto veículos de imprensa noticiaram a presença de um navio de guerra americano no fronteiriço Golfo de Paria.

O deputado opositor Marvin Gonzales questionou o ministro Wayne Sturge durante um comparecimento no Parlamento.

“À luz de vídeos, imagens de satélite, fotografias e informes da mídia sobre avistamentos de navios de guera americanos no Golfo de Paria e aeronaves militares americanas no espaço aéreo de Trinidade e Tobago, o ministro pode indicar se foi outorgada autorização para tais operações militares por parte das forças americanas dentro do território de Trinidade e Tobago?”, questionou.

Sturge se negou a responder, apoiando-se no artigo do regulamento, segundo o qual “um ministro pode se negar a responder uma pergunta se, em seu julgamento, a publicação da resposta seria contrária ao interesse público”.

A primeira-ministra trinitina, Kamla Persad-Bissessar, aliada do presidente Donald Trump, disse que Maduro está com os dias contados. Ela também assegurou estar disposta a se reunir e negociar com o governante venezuelano.

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