05/04/2018 - 12:04
A melhora nos índices econômicos não tem sido suficiente para impulsionar a avaliação positiva do governo Michel Temer. É o que explica o gerente executivo de Pesquisa e Competitividade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Renato da Fonseca. A entidade divulgou levantamento, nesta quinta-feira, 5, que mostra que a popularidade da gestão emedebista se mantém “praticamente inalterada” desde dezembro passado.
O combate à inflação é, por exemplo, apenas a terceira área de atuação com melhor avaliação para o governo (80% de desaprovação e 16% de aprovação), antes aparecem meio ambiente (74% de desaprovação e 19% de aprovação) e educação (80% de desaprovação e 18% de aprovação).
“O governo não consegue se apropriar dessas boas notícias porque população ainda não percebeu. Por incrível que pareça, a população não está percebendo a queda da inflação, por exemplo. Por mais que tenha uma deflação na área de alimentos, essas notícias foram perturbadas por aumento de gasolina e gás de cozinha. Alguns preços continuam altos, outros produtos continuam subindo, então é interessante que as pessoas ainda não estão convictas que a economia está melhorando, essa boa notícia da economia ainda não está distribuída”, explicou.
A pesquisa mostrou também que a maior desaprovação do governo Temer é na área de impostos. Segundo o levantamento, 90% dos entrevistados rejeitam a administração peemedebista em relação a esse tema e apenas 7% o aprovam. O índice é o mesmo de dezembro, quando foi realizada a última pesquisa.
Outra área mal avaliada do governo é a saúde, com 87% de desaprovação. Na pesquisa, os temas “taxa de juros” e “combate ao desemprego” aparecem entre os quatro pontos com pior avaliação, ambos registram 85% de desaprovação. “Mesmo que haja sinais de reversão dos índices, o desemprego ainda está muito alto e isso continua”, explicou Renato da Fonseca.