O governo suíço decidiu, nesta quarta-feira (22), elaborar uma lei para proibir as atividades do Hamas e de seus possíveis apoiadores, devido ao ataque lançado em 7 de outubro pelo movimento islamista palestino contra Israel.

“O único objetivo da proibição é impedir as atividades terroristas desta organização e das pessoas que as apoiam”, explicou a ministra da Justiça e da Polícia, Elisabeth Baume-Schneider, em coletiva de imprensa.

Ela enfatizou que a proibição das atividades do Hamas facilitaria, entre outras coisas, a expulsão de “pessoas perigosas” e aceleraria os processos criminais contra “potenciais terroristas”.

As posições dos principais partidos do país não deixam dúvidas sobre o resultado da votação quando o projeto de lei for apresentado ao Parlamento.

A UDC (direita radical), o primeiro partido em nível nacional, havia exigido esta medida, assim como as organizações judaicas suíças.

A União Europeia, os Estados Unidos e Israel já classificaram o Hamas como uma “organização terrorista”.

Os serviços dos diferentes ministérios suíços envolvidos devem apresentar um projeto de lei federal até o final de fevereiro de 2024.

O procedimento deve durar um ano, segundo as autoridades federais.

Por outro lado, os bancos e outros intermediários financeiros terão a obrigação de detectar e denunciar possíveis atividades na Suíça por parte do Hamas e de suas organizações afiliadas, destacou a ministra.

O ataque do Hamas ao território israelense em 7 de outubro deixou 1.200 mortos, a maioria deles civis, segundo as autoridades israelenses.

Na Faixa de Gaza, mais de 14 mil pessoas morreram em bombardeios israelenses de retaliação, incluindo mais de 5.800 crianças, segundo o governo do Hamas.

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