Governo sírio põe 3 milhões de civis em risco, denuncia ONU

Governo sírio põe 3 milhões de civis em risco, denuncia ONU

As operações de “contraterrorismo” de Damasco, apoiadas pela Rússia, não justificam que se ponha três milhões de civis em perigo em Idlib, na Síria – disse o enviado especial da ONU, Geir Pedersen, ao Conselho de Segurança nesta quinta-feira (29).

Por iniciativa de Bélgica, Kuwait e Alemanha, o órgão votará, em uma data ainda a ser definida, uma resolução para ordenar o fim imediato das hostilidades nessa região síria e a proteção das instalações civis, especialmente médicas.

O texto, ao qual a AFP teve acesso, também pede acesso humanitário sem restrições a todo país. Ainda não se conhece a posição da Rússia.

Embora os ataques extremistas “tenham de ser contidos”, “o contraterrorismo não pode pôr três milhões de civis em perigo”, frisou Pedersen, que pediu o fim “das ações que levam a mortes e deslocamentos”.

O Conselho de Segurança “pode tomar medidas concretas para proteger os civis e assegurar o respeito pleno ao Direito Internacional humanitário”, explicou o secretário-geral adjunto da ONU para assuntos humanitários, Mark Lowcock, que considerou injustificados os ataques a civis.

O embaixador americano na ONU, Jonathan Cohen, rejeitou “a falsa pretensão de operações antiterroristas” de Damasco.