29/08/2019 - 16:45
As operações de “contraterrorismo” de Damasco, apoiadas pela Rússia, não justificam que se ponha três milhões de civis em perigo em Idlib, na Síria – disse o enviado especial da ONU, Geir Pedersen, ao Conselho de Segurança nesta quinta-feira (29).
Por iniciativa de Bélgica, Kuwait e Alemanha, o órgão votará, em uma data ainda a ser definida, uma resolução para ordenar o fim imediato das hostilidades nessa região síria e a proteção das instalações civis, especialmente médicas.
O texto, ao qual a AFP teve acesso, também pede acesso humanitário sem restrições a todo país. Ainda não se conhece a posição da Rússia.
Embora os ataques extremistas “tenham de ser contidos”, “o contraterrorismo não pode pôr três milhões de civis em perigo”, frisou Pedersen, que pediu o fim “das ações que levam a mortes e deslocamentos”.
O Conselho de Segurança “pode tomar medidas concretas para proteger os civis e assegurar o respeito pleno ao Direito Internacional humanitário”, explicou o secretário-geral adjunto da ONU para assuntos humanitários, Mark Lowcock, que considerou injustificados os ataques a civis.
O embaixador americano na ONU, Jonathan Cohen, rejeitou “a falsa pretensão de operações antiterroristas” de Damasco.