O governo restringiu nesta quinta-feira (10) os voos no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, a um limite de até 400 quilômetros da origem ou destino a partir de 2024, e eliminou as conexões com terminais internacionais.

A decisão, assinada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio Franca (PSB), e ratificada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, implica em uma revitalização do aeroporto internacional Tom Jobim, o Galeão, em meio a uma disputa entre os terminais pelos passageiros.

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“As operações deverão ser planejadas observando um critério geográfico – a distância máxima de 400 quilômetros do destino (ou origem) em aeroportos de voos domésticos”, diz uma nota publicada pelo governo federal sobre a medida que entrará em vigor a partir de 2 de janeiro de 2024.

Dessa forma, o Santos Dumont, administrado pela Infraero, só poderá manter rotas para São Paulo, Belo Horizonte e Vitória, esclarece o comunicado, que exclui Brasília.

Por outro lado, embora não tenha conexões diretas com o exterior, o aeroporto “não manterá operações com aeroportos internacionais”, como o de Guarulhos em São Paulo.

Devido à sua proximidade com o centro da cidade e pontos turísticos, entre outras razões, o Santos Dumont tornou-se o preferido dos viajantes nos últimos tempos.

No ano passado, recebeu cerca de 10 milhões de passageiros, próximo de sua capacidade máxima, com reclamações de atrasos e filas.

Por outro lado, cerca de 6 milhões passaram pelo Galeão em 2022, de acordo com dados do site do terminal, longe de sua capacidade de cerca de 30 milhões de passageiros anuais.

Entre 2014 e 2022, o aeroporto localizado na zona norte do Rio de Janeiro, a cerca de 17 quilômetros do centro, sofreu uma perda de 65% dos passageiros, de acordo com dados da concessionária Rio Galeão publicados pelo site de notícias G1.

Segundo a imprensa, muitos usuários lamentam o intenso tráfego nas vias de acesso e a insegurança no trajeto até o Galeão.