O governo federal pretende comprar insumos com a Índia para a produção de cloroquina. A intenção é adquirir cerca de 10 toneladas de matéria-prima ao custo de US$ 6,6 milhões, cerca de R$ 30 milhões, para fazer o medicamento, conforme a apuração da colunista Bela Megale, do O Globo.
A informação foi confirmada por Carlos Wizard Martins, futuro número três do Ministério da Saúde. Ele comandará a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos.
“Vamos apostar 100%, seguir e defender a cloroquina. Esperamos que, nos próximos 30 dias, possamos receber essa carga no Brasil”, disse o ex-dono da rede de escolas de idiomas Wizard.
Mesmo após o uso do remédio ser contestado por autoridades científicas e colocar em dúvida a própria Organização Mundial da Saúde (OMS), o governo Bolsonaro pretende utilizar o medicamento em grande proporção.
Na última quarta-feira (3), a OMS disse que vai retomar os testes para avaliar o uso do remédio. Foi exatamente este o argumento utilizado por Wizard para defender a cloroquina. Além disso, o futuro secretário ressaltou uma publicação da revista científica “The Lancet”, que foi alvo de questionamentos. O conteúdo apontava para a ineficiência do medicamento.