TEL AVIV, 15 JAN (ANSA) – O gabinete do premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, negou nesta quarta-feira (15) que o grupo fundamentalista Hamas já tenha aceitado um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza.
A declaração chega logo depois de a emissora pública israelense Kan ter divulgado, com base em uma fonte do governo, que o movimento palestino tinha dado uma “resposta positiva” e que o pacto poderia ser “assinado hoje”. Na última terça (14), a agência Associated Press também havia publicado que o Hamas já tinha concordado com o texto.
“Contrariamente ao que foi reportado pela imprensa, a organização terrorista Hamas ainda não deu uma resposta ao acordo”, disse o gabinete de Netanyahu.
Ainda assim, as partes envolvidas e os mediadores Catar e EUA são unânimes em indicar que um cessar-fogo está muito próximo, o que paralisaria uma guerra brutal que já deixou mais de 46 mil mortos na Faixa de Gaza e devastou o enclave palestino desde 7 de outubro de 2023.
O conflito foi deflagrado por atentados do Hamas que fizeram 1,2 mil mortos e provocaram um banho de sangue sem precedentes em Israel.
Ainda não há informações oficiais, mas o acordo manteria essencialmente a estrutura da proposta apresentada pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em maio passado, com uma implementação em três etapas, começando pela libertação de pouco mais de 30 reféns israelenses e de cerca de mil prisioneiros palestinos.
Ao todo, 94 reféns ainda têm paradeiro desconhecido, mas Israel acredita que pelo menos 34 já morreram. Já a segunda fase do acordo envolveria a libertação dos sequestrados remanescentes e a devolução dos corpos de reféns mortos.
No entanto permanecem incertezas sobre a presença militar israelense em Gaza, sobretudo no corredor Filadélfia, entre o enclave e o Egito, e sobre a reconstrução do território. (ANSA).