Governo nega falta de vacinas em 65,8% dos municípios apontada por pesquisa da CNM

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Uma pesquisa da CNM (Confederação Nacional dos Municípios) divulgada nesta sexta-feira, 27, apontou que 65,8% dos 2.895 municípios analisados estão com falta de vacinas essenciais do calendário nacional de imunização. O Ministério da Saúde nega o resultado do levantamento e afirma ter garantido 100% das necessidades das cidades, exceto nos casos de desabastecimento global por “problemas pontuais”.

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O levantamento da CNM foi feito entre os dias 29 de novembro a 12 de dezembro, apontando que 1.516 municípios estão com falta de vacina da catapora, 736 com falta do imunizante contra Covid-19 e em terceiro lugar aparece a insuficiência da vacina tríplice, que age contra a coqueluche, difteria e tétano, em 520 cidades.

De acordo com a pesquisa, também há falta de vacinas contra meningite do sorogrupo C em 375 municípios, da tetraviral – que age contra sarampo, caxumba, rubéola e varicela – em 337 e da febre amarela em 280. Segundo a CNM, o estado de Santa Catarina lidera a escassez de imunizantes, seguido pelo Ceará, Espírito Santo e Minas Gerais.

Em nota, o Ministério da Saúde informou que a distribuição de vacinas é transparente e, além de assegurada a todos os estados, ressaltou que os dados podem ser conferidos no painel interativo da pasta. Conforme a entidade, 300 milhões de doses por ano são distribuídas para os 5.570 municípios do Brasil por meio do PNI (Programa Nacional de Imunizações).

Segundo a pasta, há estoques suficientes para os próximos seis meses de vacinas contra meningite e coqueluche, além de mais de três milhões de doses de imunizantes contra Covid terem sido distribuídas para os estados.

O Ministério da Saúde pontuou que, no caso de falta de vacinas contra catapora, existe escassez mundial de matéria-prima, mas assegurou ter disponibilizado todas as doses necessárias com a contratação de três fornecedores.