Um tribunal japonês determinou nesta quarta-feira que o governo e a empresa da central de Fukushima devem pagar quase 4 milhões de dólares em novas indenizações a dezenas de moradores que foram obrigados a abandonar suas casas depois do acidente nuclear de 2011.

A corte do distrito de Yokohama ordenou ao governo e à Tokyo Electric Power Co (TEPCO) o pagamento de pagar 419,6 milhões de ienes (3,8 milhões de dólares) a 152 moradores.

Esta é a quinta vez que o governo é declarado responsável pelo desastre, o acidente nuclear mais grave no mundo desde Chernobyl em 1986.

O juiz Ken Nakadaira afirmou que o governo e a TEPCO “poderiam ter evitado o acidente se tivessem adotado medidas” contra o tsunami que provocou o desastre, informou o canal público NHK.

Em março do ano passado, um tribunal de Kyoto, oeste do Japão, determinou a responsabilidade do governo e da TEPCO e ordenou o pagamento de 110 milhões de ienes a 110 moradores.

Em um caso separado em setembro de 2017 em Chiba, perto de Tóquio, um tribunal decidiu que apenas a empresa era responsável.

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Quase 12.000 pessoas fugiram após o desastre pelo medo da radiação e apresentaram várias ações na justiça contra o governo e a TEPCO.

Os casos tentam determinar se o governo e a TEPCO, ambos responsáveis por medidas de prevenção de desastres, poderiam ter previsto a escala do tsunami e a subsequente fusão.

Várias ações coletivas foram apresentadas em busca de compensações pelo acidente provocado por um terremoto de 9,1 graus e o posterior tsunami.


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