ROMA, 20 ABR (ANSA) – O ministro do Ambiente e Segurança Energética da Itália, Gilberto Pichetto, reforçou nesta quinta-feira (20) ao enviado especial dos Estados Unidos para o Clima, John Kerry, o compromisso do governo da premiê Giorgia Meloni com a energia e o combate às mudanças climáticas.   

“A Itália está disposta a fazer a sua parte”, declarou ele sobre os custos ligados à energia e ao clima, durante o Fórum de Líderes das Grandes Economias sobre Energia e Clima, aberto pelo presidente norte-americano, Joe Biden.   

Participando da quarta reunião virtual do fórum representando o governo italiano, Pichetto observou que “a guerra de agressão russa contra a Ucrânia trouxe consigo, juntamente com o sofrimento das pessoas atacadas, uma forte instabilidade que torna mais evidente a necessidade de continuar no caminho da descarbonização para reforçar a luta contra as alterações climáticas e a segurança energética”.   

Desta forma, o ministro italiano ressaltou, em particular, o desafio da diversificação, explicando que o governo de Meloni está trabalhando para ser a ponte que do Mediterrâneo e África leva para a Europa a energia cada vez mais verde, com hidrogênio e eletricidade produzidos localmente e destinados tanto às populações locais como à Europa.   

“Os objetivos do nosso ‘novo Plano Mattei’ são precisamente garantir a prosperidade, a paz e a estabilidade nestas regiões.   

Estes desafios correspondem a responsabilidades comuns, sobretudo para com as gerações futuras”, acrescentou.   

Além disso, Pichetto reforçou que a “Itália está empenhada em apoiar a participação dos jovens nas negociações climáticas” e lembrou que isso já foi feito durante o Youth for Climate, na COP26, e em Nova York, em setembro, e será feito novamente este ano na COP28.   

“Neste espírito aderimos na semana passada à iniciativa Net-Zero para reforçar o papel dos governos nacionais no objetivo do Acordo de Paris. E é neste espírito que pretendemos contribuir para o esforço que juntos reafirmamos hoje”, afirmou.   

Pichetto lembrou que, em janeiro de 2022, a Itália ratificou uma emenda sobre a redução de hidrofluorcarbonos e também aderiu ao Compromisso Global de Metano e financiamos um projeto da Agência Internacional de Energia na Argélia.   

“Também acreditamos na neutralidade tecnológica para soluções de captura e uso de carbono (Ccus) e na UE apoiamos iniciativas comuns no Mediterrâneo”, destacou.   

Por fim, o ministro italiano disse que seu país está “na vanguarda do aumento do financiamento climático”. “Portanto, saúdo o convite de hoje para explorar plenamente a capacidade dos bancos multilaterais de desenvolvimento, especialmente no apoio aos países vulneráveis”.   

“A Itália está pronta para fazer sua parte e agradeço mais uma vez ao presidente Biden, ao governo americano e em particular a John Kerry por nos dar a oportunidade de reiterar isso hoje”, concluiu Pichetto. (ANSA).