ROMA, 5 AGO (ANSA) – O governo italiano detalhou nesta terça-feira (5) a situação em relação aos casos de febre do Nilo Ocidental e garantiu que tudo “está sob controle”.
Em declaração à Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o ministro da Saúde da Itália, Orazio Schillaci, afirmou que as autoridades sanitárias também estão monitorando os dados constantemente e que todos estão “em linha com os anos anteriores”.
De acordo com o Instituto Nacional de Saúde, até o momento, há 145 casos confirmados, incluindo 59 com doença neuroinvasiva, 10 assintomáticos identificados em doadores de sangue, 75 com febre e um assintomático.
Ao todo, foram registradas 12 mortes (1 no Piemonte, 4 no Lazio e 7 na Campânia). As regiões com o maior número de casos são Lazio e Campânia.
Atualmente, 37 províncias em 10 regiões apresentam circulação do vírus: Piemonte, Lombardia, Vêneto, Friul-Venezia Giulia, Emília-Romagna, Lazio, Abruzzo, Campânia, Puglia e Sardenha.
Segundo Schillaci, em 2018, um ano com início precoce da temporada, foram contabilizados 618 casos e 49 mortes, enquanto que, em 2022, ocorreram 728 confirmados e 51 óbitos.
Já em 2024, até 31 de julho, foram notificados 28 casos de infecção, com duas mortes. No entanto, em novembro de 2024, o número total de casos subiu para 484, com 36 mortes.
“Não me lembro de nenhum alarme na mídia em 2018 e 2022, apesar de terem sido os anos com o maior número de infecções e, infelizmente, também de mortes até o momento”, observou o ministro italiano.
A febre do Nilo Ocidental (nome que faz referência à região da África onde foi descoberta) tem origem tropical e é transmitida por mosquitos, cuja circulação tem aumentado na Itália e na Europa como um todo. Um dos motivos para isso é a crise climática, que tem provocado verões mais longos e intensos no continente.
O vírus não é transmitido de pessoa para pessoa, mas existe uma pequena possibilidade de contágio via transfusão de sangue.
Na maioria dos casos, os pacientes sofrem somente sintomas leves, mas a doença pode ser perigosa para indivíduos frágeis, como idosos, imunossuprimidos ou com patologias crônicas.
Nas situações mais graves, os sintomas incluem febre alta, cefaleia intensa, fraqueza muscular, desorientação, tremores, distúrbios na visão, convulsões e coma. Também existe o risco de efeitos neurológicos permanentes. (ANSA).