ROMA, 9 OUT (ANSA) – O governo italiano demonstrou nesta quinta-feira (9) sua disponibilidade em ajudar a reconstruir a Faixa de Gaza, devastada pela guerra entre Israel e Hamas há mais de dois anos, um dia após as partes assinarem a primeira fase do plano de paz proposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em declaração publicada em seu perfil na rede social X, o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, celebrou que “excelentes notícias estão chegando do Oriente Médio” e disse que seu país está pronto para ajudar o enclave palestino.
“A paz está próxima. A Itália, que sempre apoiou o plano dos EUA, está pronta para fazer a sua parte para consolidar o cessar-fogo, entregar nova ajuda humanitária e participar da reconstrução de Gaza”, escreveu.
O chanceler italiano também destacou que sua nação está pronta para “enviar tropas se uma força internacional de paz for criada para reunificar a Palestina”.
Falando a repórteres, Tajani explicou ainda que será preciso “trabalhar arduamente na reconstrução e na ajuda à população civil”, mas garantiu que a Itália tem “muitas empresas” e já teve “muitas experiências com áreas devastadas”.
Por fim, anunciou que a Itália acolherará mais crianças palestinas e está desenvolvendo corredores universitários. Ao todo, outros 350 menores chegarão nas próximas semanas. “Estamos disponíveis para contribuir em nível militar”, concluiu ele.
Por sua vez, o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, afirmou que “hoje é um dia histórico” e as Forças Armadas do país já estão prontas para contribuir com os esforços de manutenção da paz em Gaza.
“Em relação ao futuro, ou seja, à implementação concreta do plano de paz dos EUA para Gaza, a Itália, e especialmente as Forças Armadas, estão e estarão prontas para fazer a sua parte, como sempre fizeram e como demonstraram, em todas as missões internacionais em que participam”, ressaltou.
Segundo Crosetto, “a Itália está lá e sempre estará lá quando se trata de ajudar e apoiar os processos de paz”.
“Esta é uma notícia de excepcional importância que, sem surpresa, está provocando reações positivas em todo o mundo. As famílias dos reféns israelenses, que aguardam o retorno de seus entes queridos há dois anos, a população civil de Gaza, atormentada, ferida e faminta, e toda a comunidade internacional, que pode, com razão, respirar aliviada”, salientou.
Crosetto explicou ainda que, agora, dois passos fundamentais são necessários para que tudo tome forma: a libertação de todos os reféns israelenses ainda mantidos pelo Hamas e a retirada do exército israelense de Gaza.
“Uma vez superados esses obstáculos ? obstáculos que, até ontem, pareciam intransponíveis ?, espero, mas acima de tudo acredito, que o processo de paz avançará”, finalizou ele, acrescentando que o “mérito histórico deste acordo vai para Trump e seus negociadores qualificados e sérios”, além de Egito, Catar, Turquia e muitos outros países árabes cruciais. (ANSA).