ROMA, 19 DEZ (ANSA) – O governo da Itália apresentou nesta segunda-feira (19) um selo postal com a imagem do ex-presidente do Parlamento Europeu David Sassoli, político e jornalista italiano que morreu no início do ano aos 65 anos.   

“David Sassoli era uma pessoa respeitável e por isso deve ser lembrado. O selo a ele dedicado, que hoje apresentamos, será um testemunho para as gerações futuras. Independentemente dos cargos que ocupem, é importante ser honesto. Este era meu amigo David”, escreveu o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, no Twitter.   

Sassoli faleceu no dia 11 de janeiro deste ano após ficar cerca de 15 dias internado em um hospital oncológico de Aviano, no centro da Itália. A internação havia sido causada por uma “disfunção do sistema imunológico”.   

“Hoje, com a emissão de um selo dedicado a David Sassoli, celebramos e lembramos um homem honesto e um homem das instituições. Um exemplo de integridade e honestidade para o nosso país”, enfatizou o ministro de Desenvolvimento Econômico da Itália, Adolfo Urso.   

Segundo Urso, o político italiano era “uma pessoa que, com seu grande e profundo senso cívico, conseguiu representar perfeitamente a Europa e a Itália no mundo”.   

Nascido em 30 de maio de 1956, em Florença, Sassoli foi criado em Roma e, antes de entrar para a política, trabalhou como jornalista por mais de duas décadas e foi apresentador do TG1, principal telejornal da emissora pública Rai e da TV italiana.   

Ele deixou o canal em 2009 para se candidatar ao Parlamento Europeu pelo PD (Partido Democrático), de centro-esquerda, e foi eleito com 412 mil votos.   

Durante seu mandato, ele defendia o acolhimento de migrantes e refugiados, cobrava reações mais drásticas de Bruxelas contra medidas autoritárias em Estados-membros do leste europeu, como Hungria e Polônia, e era a favor do aumento da integração no bloco.   

“Com o seu empenho constante soube aproximar a Europa das instituições dos cidadãos encontrando as convergências certas, apoiando um crescimento sustentável dirigido aos mais fracos e às novas gerações e desenvolvendo um modelo de economia fortemente ancorado na moral”, concluiu Urso. (ANSA).