O governo federal indicou nesta quarta-feira (6) para a presidência da Petrobras José Mauro Coelho, ex-secretário do Ministério de Minas e Energia, após um primeiro candidato declinar o convite esta semana.

O economista Adriano Pires desistiu na segunda-feira de assumir a presidência da petroleira devido à impossibilidade de desvincular-se rapidamente de sua atividade privada como consultor de energia, incompatível com o cargo.

Desde então, o governo acelerou a busca por candidatos para suceder Joaquim Silva e Luna, que deixou a presidência da Petrobras a pedido do presidente Jair Bolsonaro, insatisfeito com os seguidos aumentos nos preços dos combustíveis no Brasil.

Graduado em química industrial e com mais de 25 anos de experiência no setor, Coelho exerceu entre abril de 2020 e outubro de 2021 o cargo de secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME).

Atualmente, preside o conselho de administração da Pré-Sal Petróleo (PPSA), uma empresa pública ligada ao MME.

O MME também anunciou que Márcio Andrade Weber será indicado para presidir o Conselho de Administração da Petrobras.

O cargo havia sido oferecido a Rodolfo Landim, mas o atual presidente do Flamengo, que tem décadas de experiência na estatal, não aceitou o convite.

As indicações de Coelho e Weber deverão ser aprovadas pela Assembleia Geral da Petrobras, que será realizada em 13 de abril.

“O Governo renova o seu compromisso de respeito a sólida governança da Petrobras, mantendo a observância dos preceitos normativos e legais que regem a Empresa”, disse o comunicado do MME.

A Petrobras tem sido alvo de críticas de Bolsonaro devido aos constantes ajustes nos preços dos combustíveis, que são regidos pela cotação internacional do petróleo.

Os combustíveis têm alimentado uma inflação incessante que reduz a popularidade do presidente, focado em sua corrida pela reeleição em outubro. Até fevereiro, os combustíveis acumulavam alta de 33% em 12 meses, segundo dados oficiais.