Coluna: Guilherme Amado, do PlatôBR

Carioca, Amado passou por várias publicações, como Correio Braziliense, O Globo, Veja, Época, Extra e Metrópoles. Em 2022, ele publicou o livro “Sem máscara — o governo Bolsonaro e a aposta pelo caos” (Companhia das Letras).

Governo faz estudo para criar seu GPS

Temor do governo é deixar o país vulnerável em caso de apagão do GPS

Marcos Oliveira/Agência Senado
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Em tempos de instabilidade na geopolítica mundial, o governo brasileiro encomendou um estudo de viabilidade para desenvolver seu próprio GPS (Global Positioning System, na sigla em inglês). A preocupação do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI) é não deixar o Brasil vulnerável no caso de apagão, uma vez que o país não tem um sistema próprio de GPS.

O estudo será financiado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e realizado pelo CGEE (Centro de Gestão e Estudos Estratégicos), do governo. Para custear o estudo, que deve ficar pronto até o próximo semestre, a ABDI gastará R$ 500 mil, contou à coluna o diretor de desenvolvimento tecnológico e inovação da ABDI, Carlos Geraldo de Oliveira.

“Não é um valor exorbitante para saber quanto custa ao Brasil um GPS próprio. Tudo hoje é controlado pelo GPS, a navegação, nossos carros, nossos celulares. Se ocorrer um apagão, o Brasil fica sem navegação”, disse Oliveira.

Segundo o diretor da ABDI, assim que o estudo for concluído, o grupo deverá incluir o Ministério da Defesa e as Forças Armadas nas discussões, assim como instituições envolvidas em segurança nacional, como a Embraer.

Carlos Geraldo de Oliveira lembra que países como Estados Unidos, China, Índia e Rússia têm seus próprios sistemas de GPS. “São países de grandes fronteiras”, pontuou o diretor, afirmando que os sistemas de GPS poderão operar em consonância com os modelos existentes da iniciativa privada e Big Techs.