O governo brasileiro expressou “profundo descontentamento e surpresa” com as declarações do chanceler uruguaio, Rodolfo Nintendo Novoa, que teria dito, em reunião com deputados daquele país, que o Brasil teria tentado “como que comprar” o voto do Uruguai, no intuito de impedir que a presidência do Mercosul fosse transferida pra a Venezuela. A moeda de troca, na versão de Nin Novoa, seria o apoio do Brasil nas negociações comerciais com outros países.

“O teor das declarações não é compatível com a excelência das relações entre o Brasil e o Uruguai”, afirma o Itamaraty, em nota. Ela informa que, durante a visita do ministro das Relações Exteriores, José Serra, ao presidente uruguaio, Tabaré Vásquez, foram discutidas as oportunidades que os dois países devem explorar. “O Brasil considera o Uruguai um parceiro estratégico”, ressalta.

Numa demonstração do descontentamento com a situação, o embaixador do Uruguai no Brasil, Carlos Amorim Tenconi, foi chamado a dar explicações ao secretário-geral do Itamaraty, embaixador Marcos Galvão. O uruguaio ficou de fazer consultas ao governo de seu país e retornar.


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