O governo espanhol questionou, nesta sexta-feira (17), a “decisão unilateral” da prefeitura de Barcelona de romper as relações institucionais com Israel e a geminação com Tel Aviv, afirmando que este tipo de iniciativa não vai conseguir “nada de bom”.
“Acredito que a vocação de Barcelona é ser uma cidade aberta, como a Espanha é, e ser a capital do Mediterrâneo. Não acredito que, suspendendo, cortando, expulsando, se consiga algo de bom, nem se construa um diálogo entre Israel e Palestina”, declarou o ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, em um evento em Barcelona.
A prefeita de Barcelona, Ada Colau, anunciou em 8 de fevereiro que sua cidade estava suspendendo suas relações institucionais com Israel, incluindo a geminação com Tel Aviv, “até que as autoridades israelenses ponham fim à violação sistemática dos direitos humanos contra a população palestina”.
Colau informou essa medida, principalmente simbólica, em uma carta ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Solicitada por organizações pró-palestinas da capital da região da Catalunha, é uma “decisão unilateral e, entendo que quase pessoal, da prefeita”, considerou Albares.
“A posição do governo espanhol é muito clara em apostar na solução do conflito entre Israel e Palestina, de dois Estados, e isso inclui um Estado Palestino”, acrescentou Albares.
vab-du/js/tt/mvv