O governo de esquerda espanhol minimizou, nesta terça-feira (28), a ruptura anunciada pelo partido separatista catalão de Carles Puigdemont, o que levantou dúvidas sobre a sobrevivência da frágil coalizão de esquerda.
Os votos dos sete deputados do partido Juntos pela Catalunha (Junts per Catalunya) foram fundamentais para que o socialista Pedro Sánchez tomasse posse novamente como presidente de Governo após as acirradas eleições gerais de 2023, que resultaram em um Parlamento sem maioria clara.
O líder do partido separatista, Carles Puigdemont, que vive no exterior há oito anos para escapar da Justiça espanhola, anunciou na segunda-feira que estava retirando completamente seu apoio ao governo, do qual já havia se tornado um parceiro parlamentar instável, dificultando a aprovação de leis.
A porta-voz do governo espanhol, Pilar Alegría, indicou nesta terça-feira que “todas as relações têm seus altos e baixos” e que continuarão trabalhando com “o diálogo e a mão estendida”.
Após negociações complexas, o Juntos pela Catalunha concordou em fornecer um apoio fundamental a Sánchez para garantir sua posse após as eleições de dois anos atrás.
Em troca, o líder socialista prometeu, entre outras coisas, impulsionar a lei de anistia para os separatistas processados pela tentativa de secessão de 2017, trabalhar para tornar o catalão uma língua oficial da União Europeia e realizar reuniões regulares com um mediador para comprovar o avanço dos acordos.
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