O governo de esquerda espanhol anunciou, nesta sexta-feira (12), um novo aumento de 5% no salário mínimo que irá beneficiar 2,5 milhões de pessoas, apesar da oposição dos empregadores.

Este aumento, acordado com os sindicatos, eleva o salário mínimo na Espanha para 1.134 euros brutos (1.241 dólares, ou 6.054 reais, na cotação atual) por mês, em 14 parcelas anuais. O aumento é superior à inflação, que foi de 3,5% no ano passado no país.

O aumento se aplica retroativamente desde 1º de janeiro e “vai beneficiar cerca de 2,5 milhões de trabalhadores, sobretudo jovens e mulheres”, celebrou o presidente do governo, o socialista Pedro Sánchez, na rede social X (antigo Twitter).

O novo salário mínimo “representa um aumento de 54 euros por mês” (59 dólares ou 287 reais), disse à imprensa o secretário de Estado do Trabalho, Joaquín Pérez.

Sánchez, que está no poder desde 2018 e foi empossado para um novo mandato de quatro anos em novembro, comprometeu-se com este aumento durante a campanha eleitoral.

Mas nas últimas semanas o Executivo encontrou resistência da principal organização patronal, a CEOE (Confederação Espanhola de Organizações Empresariais), que queria um aumento menor, portanto acabou concordando apenas com os sindicatos.

“Lamento muito a atitude dos empregadores espanhóis. Eles priorizaram interesses que nada têm a ver com a defesa do nosso país”, disse a ministra do Trabalho, Yolanda Díaz.

O salário mínimo espanhol aumentou 54% desde que Pedro Sánchez chegou ao poder em 2018, após uma moção de censura. Era então de 735 euros (2.847 reais na cotação atual) por mês, um dos mais baixos da Europa.

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