ROMA, 16 JUN (ANSA) – Após dois meses de violência e quase 170 mortes, o governo da Nicarágua e as forças de oposição concordaram com uma trégua. Sob mediação da Igreja Católica, as partes chegaram a um acordo, em Manágua, para instituir uma comissão da verdade e permitir o retorno ao país de observadores internacionais.   

A Nicarágua vive uma de suas maiores crises políticas e sociais, com uma onda de protestos, iniciada em 19 de abril, quando com uma polêmica mudança previdenciária e em benefícios sociais proposta pelo presidente Daniel Ortega.   

Enquanto o mandatário alega que há criminosos e “membros de gangues” entre os manifestantes, os ativistas e dirigentes sindicais acusam o governo de uma repressão violenta que já deixou dezenas de mortos. Apesar de estar sendo pressionado para deixar o cargo, Ortega não demonstrou até agora disposição para convocar eleições antecipadas. A comissão da verdade que será instituída terá como meta investigar as mortes durante os protestos e apontar os responsáveis. (ANSA)


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