O governo do atual presidente americano Donald Trump continua a sua ofensiva contra a universidade de Harvard com a abertura, nesta quarta-feira (23), de uma investigação para determinar se pode continuar participando de um programa de intercâmbio.
O programa de visitantes de intercâmbio permite que acadêmicos de instituições internacionais venham a Harvard por um período de tempo para dar palestras, fazer pesquisas ou lecionar.
Desde que voltou à Casa Branca em janeiro do ano passado, Trump acusa a renomada universidade americana de ser um viveiro para a ideologia “woke”, termo pejorativo da direita radical para designar as políticas de promoção de diversidade.
Também a acusa de não proteger suficientemente seus estudantes judeus ou israelenses durante as manifestações no campus a favor de um cessar fogo na Faixa de Gaza.
O governo americano retirou de Harvard mais de 2,6 bilhões de dólares (14,4 bilhões de reais na cotação atual) em subsídios federais de Harvard e a proibiu de matricular estudantes estrangeiros. A universidade contestou essas medidas no tribunal.
Nesta quarta-feira, o chefe da diplomacia americana, Marco Rubio, anunciou que o governo investigará se Harvard “cumpre com todas as regulações” e conduz “seus programas de forma a não prejudicar os objetivos da política externa e nem comprometer os interesses de segurança nacional dos EUA”.
“O povo americano tem o direito de esperar que suas universidades mantenham a segurança nacional, cumpram com a lei e proporcionem ambientes seguros para todos os estudantes”, acrescenta.
Rubio sustenta que “a investigação garantirá que os programas do Departamento de Estado não sejam contrários aos interesses” do país.
Harvard está em um cabo de guerra com o governo. Na segunda-feira, enquanto ocorria uma audiência judicial sobre o financiamento da universidade, Trump mais uma vez acusou a universidade nas mídias sociais de ser “antissemita, anticristã e anti Estados Unidos”.
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