ROMA, 19 NOV (ANSA) – O vice-premiê da Itália e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, afirmou nesta quarta-feira (19) que Roma “continua a trabalhar” para que o voluntário vêneto Alberto Trentini seja libertado da prisão na Venezuela.
“O caso Trentini é muito importante para nós e estamos trabalhando incansavelmente por sua libertação”, disse Tajani durante uma entrevista ao Messagero Veneto.
O vice-premiê explicou que libertar italianos pelo mundo não é fácil, já que “a situação muda em cada país”.
“No Irã, por exemplo, [a jornalista] Cecilia Sala [detida em 2024] foi libertada logo, assim como [a nômade digital] Alessia Piperno [presa em 2022], enquanto outros reféns franceses só foram liberados anos depois”, falou o ministro, acrescentando que “para Trentini, o contexto é outro”.
Na Venezuela, “a situação é diferente, talvez ligada a questões internas, mas principalmente devido à conjuntura internacional que presencia um confronto muito difícil entre Caracas e Washington”, refletiu Tajani sobre a crescente tensão no Caribe.
O vice-premiê também esclareceu que “a diplomacia de reféns exige discrição”.
“Mas a família Trentini precisa saber que estamos trabalhando e continuaremos: não nos esquecemos dele”, concluiu o ministro, citando ainda a “libertação recente de dois italianos pelo governo venezuelano”, sendo Amerigo De Grazia e Margarita Assenza, em agosto deste ano. Os dois permaneceram em uma prisão do país sul-americano por pelo menos um ano.
Trentini, natural de Veneza, desembarcou em Caracas em outubro de 2024 para uma missão com a ONG Humanity and Inclusion, com o objetivo de levar ajuda humanitária a pessoas com deficiência. No entanto, o europeu foi detido no mês seguinte, enquanto se deslocava da capital venezuelana a Guasdualito. (ANSA).