Governo determina que Hurb comprove em 48 horas condições para venda de pacotes de viagem

Governo determina que Hurb comprove em 48 horas condições para venda de pacotes de viagem
Hurb (antigo Hotel Urbano) Foto: Reprodução/ LinkedIn

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinou, por meio de uma publicação no Diário Oficial da União desta sexta-feira (28), que a agência de viagens online Hurb comprove em até 48 horas as condições econômicas e financeiras para cumprir com as vendas de pacotes fechados para clientes.

Resumo:

  • A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) determinou que a agência de viagens online Hurb comprove condições financeiras para cumprir vendas de pacotes;
  • A empresa é suspeita de oferecer serviços durante a pandemia sem garantir condições efetivas ou lastro financeiro para cumprimento de suas obrigações contratuais correspondentes;
  • Em caso de descumprimento da determinação, a Hurb receberá multa diária de R$ 50 mil e pode ser proibida de exercer suas atividades.

De acordo com o despacho do Ministério da Justiça e Segurança Pública, a agência teria oferecido serviços durante a pandemia de Covid-19 para serem usufruídos futuramente “sem se preocupar em reunir condições efetivas ou lastro financeiro para cumprimento das suas obrigações contratuais correspondentes”.

Em caso de descumprimento da determinação, a Hurb receberá uma multa diária de R$ 50 mil. Além disso, a empresa pode ser proibida de exercer suas atividades.

A Hurb também terá 20 dias para apresentar a sua defesa em relação à abertura de um processo administrativo.

Entenda o caso

O setor do turismo foi severamente afetado pelas restrições impostas pela pandemia. Por causa disso, a Hurb teria oferecido pacotes de viagem com datas flexíveis, válidas por até dois anos, para que os clientes utilizassem na retomada das atividades.

Porém, quando isso aconteceu, a empresa passou a enfrentar problemas para honrar com esses contratos. A partir disso, os clientes passaram a reclamar e criticar a Hurb nas redes sociais.

O caso mais emblemático foi de um cliente de Mato Grosso do Sul que divulgou um vídeo e capturas de tela de conversas com o então diretor-executivo (CEO) da agência, João Ricardo Mendes. Esse cliente participava de um grupo no WhatsApp com pessoas que não tiveram passagens aéreas emitidas pela Hurb.

Irritado com o post, João Ricardo expôs nas redes sociais dados pessoais do cliente, convocou outros membros do grupo a mandarem mensagens agressivas e fez xingamentos.

Isso agravou ainda mais a crise de imagem da empresa e resultou na renúncia de João Ricardo Mendes do cargo de CEO. Em uma carta divulgada à imprensa na segunda-feira (24), ele reconheceu os seus erros e afirmou que o afastamento tinha como objetivo separar as suas atitudes pessoais da empresa.